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Eleições EUA

Romney defende dar armas a rebeldes sírios

Republicano critica política externa de Obama; em pesquisa, ele ultrapassa democrata

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O candidato republicano à Presidência dos EUA, Mitt Romney, disse ontem que, caso seja eleito no mês que vem, pretende armar os rebeldes sírios para ajudá-los a derrotar o ditador Bashar Assad.

Afirmou que o presidente e candidato à reeleição, Barack Obama, falhou ao conduzir as questões relacionadas ao país árabe, onde a revolta contra o regime eclodiu em março de 2011.

Romney discursou ontem sobre política externa no Instituto Militar da Virgínia.

"Vou trabalhar com nossos parceiros para identificar e organizar os membros da oposição síria que compartilham nossos valores e vou garantir que eles obtenham as armas que precisarem para derrotar os tanques e os aviões de guerra de Assad", afirmou o republicano.

O candidato mostrou preocupação com a possibilidade de o Irã estar enviando armamentos a Assad. Ele avalia que a queda do ditador seria uma derrota estratégica para o regime iraniano.

"É essencial desenvolver influência com essas forças oposicionistas na Síria, pois um dia vão liderar um país que fica no coração do Oriente Médio."

Em seu discurso, Romney tentou se distanciar da do eixo da política externa adotado pela gestão Obama.

Ao criticar a atuação do presidente em países como Líbia, Irã e Egito, afirmou que Obama trocou a busca por parcerias pela passividade e prometeu investir maciçamente nas forças de defesa nacional, revertendo os cortes que o democrata fez.

"Vou fazer os investimentos que forem precisos para que permaneçamos seguros. O primeiro objetivo de um Exército forte é evitar a guerra", disse.

Romney afirmou ainda que irá repreender as ambições nucleares iranianas "não apenas com palavras".

Sobre a Palestina, o candidato republicano defendeu a criação de um Estado que viva em harmonia com Israel.

Declarou também que vai reafirmar os laços históricos com Israel e o compromisso com a segurança do país.

O republicano não mencionou o Brasil. Da América Latina e Caribe, citou somente Venezuela e Cuba, fazendo referência a locais onde há um "desejo por uma liderança norte-americana".

CORRIDA ELEITORAL

O êxito de Romney no debate da semana passada tem se refletido nas pesquisas.

A realizada pela Pew Research Center chega, inclusive, a colocá-lo como líder, com 49% das intenções de voto entre prováveis eleitores, quatro pontos percentuais a mais que Obama.

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