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Holandesa com mestrado luta há dez anos na floresta

Exército colombiano - 7.set.2007/Associated Press
Tanja Nijmeijer, guerrilheira das Farc, em imagem divulgada pelo Exército da Colômbia
Tanja Nijmeijer, guerrilheira das Farc, em imagem divulgada pelo Exército da Colômbia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A holandesa Tanja Nijmeijer, incluída de última hora na delegação das Farc para as negociações em Oslo, vive há dez anos como guerrilheira na floresta colombiana.

Nijmeijer foi pela primeira vez ao país em 1998, aos 21, para dar aulas de inglês na cidade de Pereira.

Estudante de filologia espanhola na Universidade de Groningen, visitou em 2000 a região de Caguán, desmilitarizada para negociações, que fracassariam mais tarde.

No ano seguinte, participou de caravana para levar ajuda humanitária a vítimas do conflito no norte do país.

Em 2002, com mestrado em tradução, vinculou-se à célula urbana do grupo em Bogotá, onde recebeu treinamento em explosivos.

Sua história chamou a atenção da imprensa em 2007, quando o Exército colombiano encontrou seu diário em meio aos restos de um acampamento bombardeado.

Publicados pela imprensa, seus escritos descreviam o tédio da vida na selva, a saudade da família e as escapadas sexuais com os colegas.

A princípio recriminada por suas revelações, Nijmeijer foi promovida a guarda do chefe militar da guerrilha, Mono Jojoy, e por pouco não morreu junto a ele em 2010, durante um combate.

Sua família já viajou diversas vezes à Colômbia para convencê-la a retornar.

Em um áudio divulgado pela rádio Netherlands, de seu país natal, porém, ela declara: "Sou uma guerrilheira das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e seguirei sendo guerrilheira, até vencer ou até morrer. Nisso, não há como voltar atrás".

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