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Ao menos 146 morrem apesar de trégua síria

Balanço de vítimas inclui soldados, civis e rebeldes mortos anteontem

Conflito continuou ontem, quando ao menos 13 pessoas morreram; oposição e governo se acusam

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um novo balanço aponta que ao menos 146 pessoas -dentre os quais 53 civis, mais 50 rebeldes e 43 membros das forças do governo- morreram na Síria durante embates anteontem, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, que tem base em Londres.

Foi o primeiro dia de um cessar-fogo aceito oficialmente pelo regime do ditador Bashar Assad e pelo Exército Livre da Síria (ELS), que duraria quatro dias.

Ontem, mais 13 pessoas morreram em combates e ataques acontecidos em Damasco, Aleppo, Deera (no sul) e Deir Ezor (no leste do país). Aviões ligados às forças do governo sobrevoaram algumas dessas cidades.

Entre os mortos estão cinco pessoas atingidas em um atentado com carro-bomba em Deir Ezor. A televisão estatal acusou "terroristas" de terem cometido o ataque.

Desde anteontem, rebeldes e forças leais a Assad se acusam reciprocamente de terem rompido primeiro o tratado.

A porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, condenou a violação da trégua de ambos os lados, com especial atenção para tanques e helicópteros, "armas que, obviamente, a oposição não tem".

FRACASSO

Segundo a France Presse, um líder rebelde classificou como um "fracasso" a trégua proposta pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, o argelino Lakhdar Brahimi.

A proposta teve como motivo o feriado muçulmano Eid al Adha, que relembra o sacrifício do profeta Abraão. Seria a primeira pausa nos combates depois de 19 meses.

Brahimi tinha a expectativa de que a trégua pudesse conduzir a um cessar-fogo maior. Antecessor de Brahimi, o ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, declarou um cessar-fogo em abril deste ano, mas o acordo rapidamente se desfez, assim como seu plano de paz.

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