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PIB fraco eleva o temor de recessão na Europa

Bloco cresce apenas 0,2% no 2º tri e próximos meses devem ser de retração

Na Itália, Mario Monti deve apresentar hoje seu novo gabinete, mas juros da dívida pública continuam a subir

VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES

O conjunto das economias dos 27 países da União Europeia cresceu apenas 0,2% no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores.
E as previsões para o futuro são ainda piores: encolher nos últimos três meses deste ano e provavelmente entrar em recessão no início de 2012.
Já na Itália, um dos países com mais dificuldade no continente, avançaram as negociações para a formação do governo. Mas mais uma vez os juros nos títulos públicos de dez anos superaram a barreira dos 7% ao ano.
A Itália ainda não divulgou qual foi seu crescimento entre julho e setembro.
Alemanha e França tiveram um desempenho desanimador, mas um pouco melhor que o esperado.
A Alemanha cresceu 0,5%, e a França, 0,4% -após retração de 0,1% no segundo trimestre deste ano.
Mas, com o agravamento da crise, muitos já apostam que até a Alemanha, maior economia da região, enfrentará uma contração.
A situação continua pior no sul. Portugal caiu 0,4%, e a Espanha ficou estagnada.
Um dos culpados é a política de cortes de gastos implantada nos países, o que provocou queda de investimentos e do consumo.
O presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi, admite que há um risco grande de recessão.
Na Itália, Mario Monti, que foi indicado para substituir Silvio Berlusconi no cargo de primeiro-ministro, conseguiu o apoio dos principais partidos e deve apresentar hoje seu novo gabinete.
Os partidos teriam concordado que Monti fique no poder até 2013, quando devem acontecer novas eleições. Com o vaivém das negociações, houve grande oscilação nos mercados ontem.
Enquanto parecia haver impasse para a formação do gabinete, a Bolsa de Milão chegou a cair 3% (fechou em queda de 1,08%) e o retorno exigido pelos investidores nos títulos italianos de dez anos chegou a passar de 7%.
Foi esse percentual que provocou pânico na semana passada e precipitou a renúncia de Berlusconi.

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