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A FAMÍLIA
Ano Novo tem superstição com visco
"Na passagem do ano, são
permitidos alguns excessos", brinca Jean-Jacques
Ithurria, 47, executivo da Renault e pai de uma família tipicamente parisiense e "católica praticante". Mas que
não foi à missa do galo. "Natal é festa religiosa e com a
família, réveillon é entre
amigos", diz a economista
Christale Ithurria, 47, mãe
de quatro filhos.
Neste réveillon, o casal celebrou na casa de amigos.
Christale preparou para a
ceia "chapon", espécie de
pão italiano recheado com
linguiça, salsicha e derivados
de porco. Os amigos levaram o foie gras (patê de fígado, "que hoje é de fígado de
pato, mais perfumado, e não
de ganso") para a entrada, o
"bûche de Noel" e queijos
para a sobremesa. "O bûche,
um rocambole em forma de
toco de árvore confeitado,
simboliza o calor e o conforto, porque nós somos um
país de muitas florestas", diz
Christale. E as bebidas foram
vinho branco, tinto e champanhe.
"À meia-noite, a gente se
abraçou, dizendo "Au gui
l'an neuf" (ao visco o Ano
Novo)." O visco ("gui", em
francês) é uma planta de
grandes folhas verdes e bolinhas brancas, que os franceses colocam sobre a mesa da
ceia para atrair sorte, felicidade e dinheiro.
(FG)
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