UOL


São Paulo, quinta-feira, 01 de janeiro de 2004

Próximo Texto | Índice

IRAQUE OCUPADO

Ataque com carro-bomba contra restaurante durante festa de Ano Novo pode ter matado estrangeiros

Atentado mata 5 em Réveillon em Bagdá

Zohra Bensemra/Reuters
Iraquianos observam correria perto do restaurante atacado na noite de Ano Novo, em Bagdá


DA REDAÇÃO

Uma explosão atingiu um restaurante no centro de Bagdá no início de uma festa de Ano Novo, matando ao menos cinco pessoas, segundo o chefe de polícia da capital iraquiana, Ahmed Kadhem. Haveria de 15 a 25 feridos, inclusive estrangeiros.
O restaurante Nabil -situado numa área privilegiada, perto da antiga Embaixada dos EUA, e frequentado por estrangeiros- havia programado uma festa com música ao vivo e dança do ventre.
O atentado foi cometido provavelmente por um carro-bomba, segundo fontes policiais. Havia cerca de 30 pessoas no restaurante no momento da explosão. A fachada foi destruída, e o prédio pegou fogo. Após a explosão, tiros foram ouvidos na área. Soldados americanos dirigiram-se para o local, assim como ambulâncias e equipes de socorro.
A segurança havia sido reforçada em Bagdá, por temor de ataques terroristas. "Tínhamos informações de que haveria explosões", disse Khadem.
Em outro incidente, de fundo étnico, ao menos cinco iraquianos morreram e mais de 20 ficaram feridos em tiroteio ocorrido durante uma manifestação em Kirkuk (250 km ao norte de Bagdá), onde os curdos iraquianos buscam obter um maior controle da cidade, um importante pólo produtor de petróleo.
Gritando "não ao federalismo, Kirkuk é iraquiana", milhares de árabes e turcomenos iraquianos protestaram diante da sede da União Patriótica do Curdistão (PUK), uma das principais facções curdas, minoria perseguida durante o regime do ex-ditador Saddam Hussein. Não havia informações precisas sobre como o tiroteio começou.

Halliburton fora
Uma unidade militar de energia dos EUA anunciou que está assumindo o fornecimento de combustível para o Iraque, pondo fim à polêmica entre o Pentágono e a Halliburton, acusada de superfaturamento nessa operação.
A empresa foi comandada até 2000 pelo atual vice-presidente americano, Dick Cheney.
Uma auditoria do Pentágono encontrou evidências de que a KBR, subsidiária da Halliburton, chegou a cobrar US$ 61 milhões a mais para fornecer combustível kuaitiano ao Iraque. A Halliburton, que nega o superfaturamento, não comentou a decisão.

Com agências internacionais


Próximo Texto: Guerra sem limites: Ameaça de terror volta a marcar Ano Novo no mundo
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.