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Executiva "rainha do papelão" tem 2ª maior fortuna
DE PEQUIM
Se, no Partido Comunista, as
mulheres ainda são invisíveis
na liderança, no mundo empresarial chinês, um punhado delas desafia o machismo local.
Algumas das mulheres mais
ricas da China são empreendedoras que fizeram fortuna na
indústria e no setor imobiliário.
É o caso de Cheung Yan, 52, da
companhia de papel Nove Dragões, em Dongguan, no sul, e
segunda pessoa mais rica do
país (US$ 4,9 bilhões). Chamada de "rainha do papelão", ganhou dinheiro importando papelão usado para fabricar as
caixas que embalam milhões de
produtos "made in China".
Zhang Xin, 44, junto com o
marido Pan Shiyi, criou a construtora e imobiliária Soho, a
maior de Pequim. Mulher mais
rica da capital e das mais elegantes da China, estudou no
Reino Unido antes de voltar ao
país, casar-se e virar símbolo da
modernidade chinesa.
Os prédios da Soho, grandes
complexos que misturam apartamentos, escritórios e áreas
comerciais, são famosos pela
arquitetura ousada, ao gosto de
Zhang. Ela foi premiada com o
Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza como mecenas de arquitetos.
Yang Mianmian, 68, presidente da gigante de eletrodomésticos Haier, a quarta maior
do mundo, é menos conhecida
e influente que o CEO Zhang
Ruimin, mas é uma das raras
mulheres no topo de uma estatal (a empresa é parte estatal,
parte cooperativa). Li Xiaolin,
49, filha do ex-premiê Li Peng,
dirige a companhia energética
estatal China Power International Development.
Tanto Cheung como Li já foram nomeadas deputadas na
Conferência Consultiva Política do Congresso do Povo, órgão
que se reúne anualmente para
propor leis ao Parlamento.
Apesar de ser órgão figurativo,
mostra que as novas poderosas
mulheres já figuram no radar
do Partido Comunista.
(RJL)
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