DE BUENOS AIRES

O prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, acumula, desde terça-feira, a chefia da cidade com a de um dos maiores times do país, o Boca Juniors. Presidente do clube por treze anos, ele se afastara ao assumir a Prefeitura, mas foi obrigado a retornar devido a uma inusitada sentença da Inspeção Geral de Justiça de Buenos Aires.
O órgão declarou irregular a situação do presidente do time, Pedro Pompilio, e ordenou o retorno de Macri pelo menos até junho, quando ocorrerão novas eleições no clube. Agora, o prefeito enfrenta críticas da oposição pela dupla função que é obrigado a cumprir.
"Que alguém nos explique a que Macri vai se dedicar. Se a melhorar a qualidade de vida dos moradores de Buenos Aires ou a vender ingressos para sócios do Boca?", indagou o deputado da Coalizão Cívica Diego Kravetz.
O procurador de Buenos Aires, Pablo Tonelli, nega que haja problema com o exercício das funções. "A presidência do Boca não é um cargo público, nem uma profissão, por isso, não há incompatibilidade", afirmou. (ADRIANA KÜCHLER)


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