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Exigência de Abbas tumultua processo de união com Hamas
DA REDAÇÃO
O presidente da Autoridade
Nacional Palestina (ANP),
Mahmoud Abbas, declarou ontem que qualquer tipo de governo de unidade com o Hamas
teria que concordar com a solução de dois Estados com Israel,
uma exigência rapidamente rejeitada por seus rivais do grupo
islâmico que controla Gaza.
A desavença pode emperrar o
processo de reconciliação entre
o islâmico Hamas e o laico Fatah, que haviam rompido relações em junho de 2007.
As tratativas para a formação
de governo após um acordo
anunciado na quinta são intermediadas pelo Egito paralelamente ao processo de negociação de paz entre israelenses e
palestinos.
Em Ramallah, Abbas declarou ontem: "Caminhamos em
passo firme em direção a um
governo de unidade que concorde com nossos compromissos, que incluem o conceito de
dois Estados e o respeito aos
acordos de paz assinados".
Em Gaza, Ayman Taha, dirigente do Hamas reagiu enfaticamente. "Rejeitamos qualquer precondição na formação
de um governo de unidade. O
Hamas nunca aceitará um governo de unidade que reconheça Israel", declarou ele.
A carta de fundação do Hamas, de 1988, prega a destruição do Estado judaico. A negação do grupo islâmico a reconhecer a existência de Israel faz
a facção ser afastada de negociações internacionais. Estados
Unidos, União Europeia e Israel se recusam a considerar o
Hamas como um interlocutor
também em virtude disso.
Assim, as tratativas acerca do
fim do bloqueio israelense a
Gaza precisam ser negociadas,
do lado palestino, pela ANP,
que é reconhecida por Israel
como interlocutora -daí a importância da reconciliação entre o Fatah e o Hamas.
Já houve esforços anteriores,
intermediados por negociadores árabes, para reaproximar os
grupos. Mas todos falharam.
O atual processo começou
com os dois lados se comprometendo a interromper as prisões de militantes rivais nas
áreas que governam.
Com agências internacionais
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