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ARGENTINA
Ativista pode ser segundo desaparecido pós-ditadura
ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES
Sobrevivente de centros
clandestinos de detenção e
testemunha em vários processos de crimes cometidos
durante a última ditadura argentina (1976-1983), Juan
Evaristo Puthod desapareceu na noite de anteontem.
Ontem, 250 policiais e seis
helicópteros participavam
da busca por Puthod na cidade de Zárate (190 km de Buenos Aires), onde ele vive.
A presidente da Argentina,
Cristina Kirchner, que participava de um ato na Província de Santa Cruz, manifestou-se sobre o caso. "Queria
expressar minha profunda
preocupação pelo desaparecimento de uma testemunha-chave de casos importantes sobre a violação dos
direitos humanos", disse a
presidente. "Espero que seja
algo momentâneo." O governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, mandou fechar
todos os acessos a Zárate.
Ligado à causa da defesa
dos direitos humanos, Puthod preside a Casa da Memória de Zárate e desapareceu quando ia do local até a
rádio onde trabalha.
Esteve preso durante mais
de cinco anos em diferentes
centros de detenção ilegais,
onde foi torturado, durante a
ditadura, e tem problemas
cardíacos. Recentemente,
organizou uma homenagem
a duas vítimas da repressão.
Entre as causas de que Puthod é testemunha está a que
investiga a descoberta de
restos de pessoas desaparecidas na cidade de La Plata.
Puthod pode ser o segundo
desaparecido do período democrático. Em setembro de
2006, o pedreiro Jorge Julio
López, outra testemunha,
desapareceu. Até hoje, seu
paradeiro é desconhecido.
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