São Paulo, quarta-feira, 01 de junho de 2005

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CARIBE

ONU estende mandato por 24 dias

Cônsul é morto em dia violento no Haiti

DA REDAÇÃO

O cônsul honorário da França em Cap Haitien, Paul Henry Mourral, morreu ontem em Porto Príncipe horas depois de ser atingido por vários tiros. Não havia maiores detalhes do incidente até o fechamento desta edição.
No mesmo dia, marcado por violência na capital haitiana, o Conselho de Segurança na ONU decidiu renovar por mais 24 dias o mandato da missão de estabilização no Haiti, que vence hoje. Falhou a tentativa de obter um mandato maior, mas o prolongamento acertado ontem é provisório e pode ser revisto. O secretário-geral Kofi Annan defendia a renovação por mais um ano.
Pelo menos um homem morreu num tiroteio em um mercado de Porto Príncipe, quando homens armados abriram fogo. Uma testemunha disse acreditar que havia mais mortos dentro do mercado, que foi incendiado. Não ficou claro quem atacou o local ou deu início ao incêndio.
Ao menos 200 partidários do presidente deposto Jean-Bertrand Aristide voltaram a protagonizar cenas de violência na capital, atacando em bairros, em estradas que vão para o aeroporto e próximo à sede do governo.
A polícia haitiana e os 7.400 soldados da força de paz da ONU -liderados pelo Brasil, naquilo que é a mais vistosa das ações da política externa brasileira- tentam manter o controle do país desde a rebelião que derrubou Aristide, em fevereiro de 2004. Ele diz ter sido derrubado pelos EUA e pela França -ex-metrópole colonial.
Grupos de defesa dos direitos humanos estimam que mais de 700 pessoas tenham sido mortas em Porto Príncipe desde setembro, quando partidários de Aristide convocaram protestos para exigir o retorno do ex-presidente, exilado na África do Sul. O país pretende realizar eleições em outubro e novembro, mas a ONU admite que as condições de segurança não são favoráveis.


Com agências internacionais

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