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CONE SUL
Sindicalistas exigem aumento do salário mínimo
Governo Tabaré Vázquez enfrenta primeira greve geral no Uruguai
DA REDAÇÃO
O governo de esquerda do presidente Tabaré Vázquez no Uruguai enfrentou ontem sua primeira greve geral desde a posse, há
quatro meses. A mobilização
marca o recrudescimento da agitação sindical no país.
A paralisação de quatro horas
foi convocada pela central sindical PIT-CNT e pedia a aprovação
de uma lei sindical e o aumento
do salário mínimo para US$ 120.
A greve contou também com ato
diante da sede da Câmara de Comércio e Serviços e passeata.
De acordo com o jornal uruguaio "El País", durante as manifestações "não foram feitas críticas nem exigências ao governo ou
ao Ministério da Economia".
Para os empresários, porém, a
mobilização criou um clima "hostil". A categoria é criticada pelos
movimentos operários por "se
negar a participar das negociações nos Conselhos de Salários
[órgãos tripartites, com participação do governo para determinar
patamares e reajustes salariais] e
despedir dirigentes sindicais",
disse Luis Puig, líder sindicalista.
A greve se somou a uma paralisação de 24 horas realizada por
médicos do sistema público, que
pediram melhores salários, e por
professores do ensino secundário,
que protestaram contra o reajuste
salarial de 2,5% estipulado pelo
governo.
Vázquez tomou posse em março como o primeiro presidente de
esquerda em 180 anos de história
do Uruguai. Segundo pesquisa da
empresa Mitofsky, divulgada em
junho, ele é o presidente mais popular da América Latina, com
80% de aprovação.
Com agências internacionais
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