São Paulo, domingo, 01 de julho de 2007

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Décadas depois, nem tudo mudou na espionagem

DE WASHINGTON

Um agente está preocupado com a legalidade de uma operação que manteve por anos um prisioneiro numa cela improvisada "pouco maior que um dedal" e que sofreu interrogatório "hostil", pois não queria "confessar". Soa familiar?
Faz parte da série de documentos "jóias da família" e se refere a um dissidente russo no final dos anos 60, que depois seria solto e se mostraria "amigável" em relação à CIA, mas a situação poderia se aplicar aos interrogatórios conduzidos na base militar de Guantánamo hoje em dia. Quatro décadas depois, nem tudo mudou na agência de inteligência norte-americana.
Se tentativas de assassinar Fidel Castro estão formalmente banidas, logo após os ataques do 11 de Setembro, por exemplo, a comissão do Congresso encarregada de supervisionar as atividades das agências de inteligência sugeriu que a proibição de agentes participarem de planos que envolvam o assassinato de estrangeiros poderia ser revista caso a caso.
Em setembro do ano passado, o próprio presidente George W. Bush admitiu a existência de prisões secretas no exterior comandadas pela CIA. Três meses depois, a agência admitiria a existência de memorandos detalhando técnicas de interrogatório "agressivas". (SD)


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