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Décadas depois, nem tudo mudou na espionagem
DE WASHINGTON
Um agente está preocupado
com a legalidade de uma operação que manteve por anos um
prisioneiro numa cela improvisada "pouco maior que um dedal" e que sofreu interrogatório
"hostil", pois não queria "confessar". Soa familiar?
Faz parte da série de documentos "jóias da família" e se
refere a um dissidente russo no
final dos anos 60, que depois
seria solto e se mostraria "amigável" em relação à CIA, mas a
situação poderia se aplicar aos
interrogatórios conduzidos na
base militar de Guantánamo
hoje em dia. Quatro décadas
depois, nem tudo mudou na
agência de inteligência norte-americana.
Se tentativas de assassinar
Fidel Castro estão formalmente banidas, logo após os ataques
do 11 de Setembro, por exemplo, a comissão do Congresso
encarregada de supervisionar
as atividades das agências de
inteligência sugeriu que a proibição de agentes participarem
de planos que envolvam o assassinato de estrangeiros poderia ser revista caso a caso.
Em setembro do ano passado, o próprio presidente George W. Bush admitiu a existência
de prisões secretas no exterior
comandadas pela CIA. Três
meses depois, a agência admitiria a existência de memorandos detalhando técnicas de interrogatório "agressivas".
(SD)
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