São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2011

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EUA encerram programa de estímulos

Eficácia do plano de compra de títulos para ajudar na recuperação econômica é questionada por economistas

Foram injetados US$ 600 bi na economia, mas desemprego continua alto para os padrões americanos

ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK

O programa de compra de títulos do Tesouro americano lançado pelo Fed (banco central dos EUA) em novembro passado chegou ontem ao fim com dúvidas sobre sua eficácia para reanimar a maior economia mundial.
Segundo pesquisa do "Wall Street Journal" com 49 economistas, 41% deles consideram que o plano, que envolveu a injeção de US$ 600 bilhões na economia do país, foi "malsucedido", ou seja, os prejuízos foram maiores que os benefícios.
A aquisição dos títulos do Tesouro foi iniciada em um momento em que a retomada da economia americana dava sinais de estagnação e a ameaça da deflação parecia cada vez mais plausível.
Desde então, o desemprego caiu de 9,8%, em novembro de 2010, para 9,1%, em maio (alto para o padrão americano), e a Bolsa de Nova York se valorizou em 11%.
A retomada do mercado de ações era uma das apostas do Fed, porque é uma forma de o consumidor ter mais dinheiro no bolso e gastar mais, ajudando na recuperação econômica. Os gastos do consumidores representam 70% do PIB americano.
Mas não foi apenas a Bolsa que subiu. Os preços do petróleo, do ouro e de outras commodities dispararam, trazendo inflação para emergentes como o Brasil.
Nos EUA, a inflação também está acima do desejado (3,4% no acumulado em 12 meses).
Os emergentes reclamam ainda que o programa fez com que as suas moedas se valorizassem ante o dólar, tirando a competitividade do seu setor exportador.

TETO DA DÍVIDA
Segundo a agência Bloomberg, o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, está disposto a deixar o cargo depois que for finalizado um acordo para elevar o teto da dívida americana.
As negociações estão travadas no momento.
Os senadores democratas estudam uma solução de curto prazo para o aumento do teto, a fim de impedir que o governo dê calote em suas dívidas, o que poderá ocorrer a partir de 2 de agosto.


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