São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2011

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Crime cometido pelos irmãos chocou o país

DE BUENOS AIRES
DE SÃO PAULO


Sérgio e Pablo Schoklender protagonizaram, em 1981, um crime que chocou a Argentina. Os irmãos mataram os pais no apartamento em que a família vivia, no bairro de Belgrano.
Problemas de relacionamento já haviam levado Pablo, então com 20 anos, a ir morar num hotel.
Na noite do crime, enquanto os pais e os irmãos Sérgio e Ana Valéria jantavam fora para comemorar o aniversário de Sérgio (que completava 23 anos), Pablo entrou escondido na casa. Esperou por Sérgio, e ambos ficaram conversando madrugada adentro.
Até que a mãe, Cristina, acordou. Pablo voltou a se esconder, e Sérgio a recebeu na sala. Enquanto falava com ela, o irmão a golpeou na cabeça, por trás, com uma barra de aço.
Ambos a teriam depois estrangulado e envolvido o corpo num lençol.
Na sequência, dirigiram-se para o quarto onde dormia o pai. Maurício Schoklender era engenheiro de uma empresa que vendera tanques e submarinos para o governo.
Depois de matá-lo da mesma forma, os irmãos colocaram os corpos dentro do porta-malas de um dos carros da família.
No dia seguinte, crianças viram um filete de sangue saindo do veículo e chamaram os pais, que avisaram a polícia.
Com dinheiro que pediram emprestado a um amigo do pai, Sérgio e Pablo tentaram fugir do país, mas foram pegos e condenados à prisão perpetua. A pena foi depois reduzida.
As razões dos irmãos nunca ficaram claras. No livro que escreveu sobre o caso, Pablo alega que os pais cometiam abusos.
Foi na cadeia que conheceram Hebe de Bonafini, que frequentava o lugar para visitar presos políticos. Após a libertação, Sérgio passou a viver com ela, e depois foi contratado pela Associação das Mães da Praça de Maio.
(LF E SC)


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