São Paulo, segunda-feira, 01 de agosto de 2011

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Protestos levam 150 mil às ruas de Israel no fim de semana

Manifestantes reclamam do alto custo de vida e já afetam governo de Netanyahu

DE JERUSALÉM

O governo de Israel fracassou ontem em mais uma tentativa de conter os protestos contra o alto custo de vida no país, que levaram milhares de pessoas às ruas nas últimas semanas.
Os organizadores dos protestos rejeitaram a proposta do premiê Binyamin Netanyahu de nomear uma comissão de ministros para dialogar com os manifestantes e prometeram redobrar as ações nos próximos dias.
Cerca de 150 mil pessoas participaram de marchas em todo o país na noite de anteontem, no maior protesto de caráter social já realizado.
"O premiê está tentando assustar o público ao dizer que a justiça social levará ao colapso financeiro", disse um dos organizadores do protesto, Regev Contes. "O que está em colapso é o sistema".
O que começou como um reduzido protesto de estudantes de Tel Aviv contra a escalada no custo da moradia, há duas semanas, transformou-se num amplo movimento por justiça social.
Desde então, milhares de pessoas se juntaram aos estudantes em acampamentos nas principais cidades do país. No maior protesto de anteontem, em Tel Aviv, com cerca de 100 mil pessoas, o clamor por justiça social se misturou a pedidos pelo fim do governo de Netanyahu.
Aumentando a pressão sobre o governo, uma greve de médicos por melhores salários persiste há mais de quatro meses. O presidente do sindicato do médicos, Leonid Eidelman, está em greve de fome há uma semana.
Sofrendo a pressão mais intensa desde que assumiu o poder, em 2009, Netanyahu anunciou, na semana passada, um pacote de medidas destinadas a ampliar a oferta de imóveis e reduzir o custo da habitação.
Também ofereceu benesses aos estudantes, como descontos nos transportes públicos, mas não conseguiu esvaziar o movimento.
A onda de protestos que se espalhou pelo país rompeu os limites dos acampamentos de estudantes e ganhou adeptos inesperados.
Ontem, cerca de mil pessoas participaram de uma marcha de pais em Jerusalém, em protesto contra o alto custo das creches e jardins de infância. (MN)


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