São Paulo, segunda-feira, 01 de setembro de 2008

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"Eu saí; minha filha ficou", diz professora mineira

DO ENVIADO A ST. PAUL

A professora universitária mineira Andréa Labruna, 46, que teve sua casa atingida por uma árvore no furacão Katrina, em 2005, deixou a região de Nova Orleans no sábado e está agora na Califórnia. Camila, sua filha de 18 anos, continua perto da costa da Louisiana, na possível rota do Gustav.
"Ela faz universidade em Baton Rouge, e o prédio é bem protegido, então a prefeitura deixou que os estudantes continuassem em seus dormitórios. Fiquei em pânico a princípio, mas acho que seria mais perigoso para ela, que acabou de tirar habilitação de motorista, pegar o carro e sair pelo país. A decisão teve de ser tomada rapidamente", diz Andréa.
A professora está hospedada em um hotel em San Francisco e acompanha o noticiário com atenção. "O risco de eu não ter mais casa é muito grande. Depois do Katrina, fiquei um mês sem luz, água e telefone, com o telhado destruído, mas ao menos as paredes estavam em pé. Temo que o Gustav seja ainda mais forte", diz.
"O mais importante nessas horas é buscar segurança. As rodovias ficam perigosas com o engarrafamento. Minha sogra me ligou, está há cinco horas na estrada e só andou 160 km. Ela ia para o oeste, mas, como a rota do furacão mudou, os carros mudaram o rumo para o norte."
Camila, que é estudante de arquitetura, contou à mãe que seus colegas na universidade armazenaram água, comida em lata e outros suprimentos, como lanternas, para se precaver de privações. (DB)



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