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CARIBE
Integrante de Conselho Eleitoral diz estar convicto de que será necessário mais tempo e fala até em mudar data para 2006
Eleição no Haiti pode ser adiada de novo
DA REDAÇÃO
O Haiti poderá ter de adiar de
novo as eleições presidenciais
previstas para 20 de novembro
próximo, a primeira desde a derrubada do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, em fevereiro
do ano passado. A avaliação foi
feita ontem por um dos membros
do Conselho Provisório Eleitoral.
Patrick Fequiere, um dos nove
integrantes do órgão, afirmou que
poderá ser necessário adiar o primeiro turno para o final de dezembro ou para janeiro de 2006,
como forma de dar às autoridades
tempo suficiente de organização.
"O calendário eleitoral é muito
apertado", justificou. "Estou convencido de que teremos de adiar."
Isso poderá ser necessário também, diz, para que a ONU e a OEA
(Organização dos Estados Americanos), que já dão assistência, estejam prontas a assumir o processo por falta de estrutura do Conselho Eleitoral. "Não é hora para
orgulho nacionalista", afirmou.
As eleições para presidente e 129
vagas no Congresso estavam marcadas para 13 de novembro, mas
tiveram o primeiro turno adiado
em uma semana, e o segundo, para janeiro, dando um pouco mais
de tempo para a organização e a
transferência de poder. A votação
para cargos regionais já havia mudado de outubro para dezembro.
A Constituição em vigor no
Haiti prevê que o governo eleito
para substituir o provisório, no
poder após a derrubada de Aristide, seja empossado até 7 de fevereiro de 2006, mas essa é uma tarefa considerada difícil de ser
cumprida, diante da falta de infra-estrutura no país e da violência.
O Conselho Eleitoral aprovou
32 candidaturas presidenciais e
mais de mil para os cargos legislativos. Muitos dos que tiveram a
participação vetada, porém, apelaram e ainda tentam concorrer.
Uma comissão está avaliando se
será possível realizar a votação em
20 de novembro e poderá divulgar seu parecer na próxima semana. Segundo o presidente do Conselho Eleitoral, Max Mathurin,
nada está definido até agora. "Por
ora, estamos fazendo o melhor
para as eleições ocorrerem no
prazo." Representantes da ONU e
da OEA não quiseram comentar a
possibilidade de novo adiamento.
O Conselho Eleitoral, que vem
estendendo o prazo final para o
registro de eleitores, afirma que
cerca de 3 milhões de pessoas já se
cadastraram. Um centro de registro deverá ser aberto na próxima
semana na favela de Cite Soleil, reduto de partidários de Aristide.
Com agências internacionais
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