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PLEBISCITO
Argélia aprova anistia com 97% dos votos
DA REDAÇÃO
O ministro do Interior, Noureddine Zerhouni, anunciou ontem que a Carta para a Paz e a Reconciliação Nacional foi aprovada
por 97,4% dos votantes do plebiscito. Compareceram 80% dos 18,3
milhões de eleitores argelinos.
A vitória nas urnas da proposta
de anistia a rebeldes pretende acabar com 13 anos de guerra civil na
Argélia. Mais de 150 mil pessoas
morreram no conflito.
A França, de quem a Argélia foi
colônia, saudou a "consulta democrática". Os EUA disseram
que respeitarão o resultado, mesmo discordando de como foi conduzido o processo. Grupos de direitos humanos temem que as
forças de segurança, acusadas de
atrocidades, não sejam julgadas.
As leis que vão obedecer ao plebiscito ainda não foram escritas.
Oposicionistas dizem que o presidente Abdelaziz Bouteflika quer
criar leis que reforcem seu poder.
Setores pediram o boicote da votação, suspeitando de fraude.
O ex-chefe rebelde Madani Mezrag, já anistiado, afirmou que a
luta por um Estado islâmico continuará por meios democráticos.
A carta não anistia responsáveis
por massacres; esses são também
proibidos de atuar politicamente.
Com agências internacionais
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