|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
México
Guerra de cartéis deixa ao menos 22 mortos no México
Corpos foram encontrados nos últimos dois dias em Tijuana, importante rota do tráfico de drogas na fronteira com os EUA
Polícia atribui assassinatos a acerto de contas entre grupos que disputam a região; só em 2008, são estimadas mais de 3.000 vítimas do narcotráfico
DA REDAÇÃO
Pelo menos 22 corpos foram
achados em quatro locais diferentes entre segunda-feira e
ontem na cidade mexicana de
Tijuana, fronteiriça com a americana San Diego, no litoral do
oceano Pacífico. As mortes foram todas atribuídas pelas autoridades policiais a um acerto
de contas entre narcotraficantes que disputam a região.
Na segunda pela manhã, 12
pessoas foram achadas em um
terreno baldio ao lado de uma
escola primária. Estavam em
roupas íntimas ou nuas, com
sacos plásticos e marcas de tiro
na cabeça, amordaçadas e com
as mãos atadas. Destas, 7 tiveram suas línguas cortadas. Outros cinco cadáveres foram
achados em mais dois locais.
Além destes, mais cinco corpos foram encontrados na cidade, sendo que três estavam
dentro de tonéis, submersos
em líquido ácido. Nos três casos, bilhetes foram deixados.
Em dois deles, havia ameaças a
quem andasse com o "engenheiro", em referência, acredita-se, a Fernando Arellano Félix, tido como atual chefe do
cartel de Tijuana.
As circunstâncias e a forma
em que ocorreram os assassinatos indicam, para as autoridades, a autoria de narcotraficantes que se enfrentam pelo
domínio de Tijuana, uma das
principais rotas da droga para
os EUA. "Estamos em guerra.
Estamos em uma constante batalha", disse o procurador-geral
do Estado, Romel Moreno.
O México vivencia uma onda
de assassinatos, seqüestros e
acertos de contas desde que o
presidente Felipe Calderón,
em 2006, assumiu o combate
ao narcotráfico como uma bandeira do seu governo e colocou
36 mil soldados para enfrentar
os cartéis que disputam o acesso ao mercado americano.
Apenas neste ano, o número
de mortes ligadas ao tráfico de
drogas é estimado entre 3.000
e 3.600, segundo meios locais.
Ontem à tarde, Calderón
anunciou o envio ao Congresso
de um pacote com novas medidas de segurança. Segundo "El
Universal", estão previstas alterações na lei de segurança nacional e no código penal, a criação de um órgão de avaliação da
polícia e a obrigatoriedade de
pessoas flagradas com pequenas doses de narcóticos realizarem tratamento terapêutico.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Equador mantém a expulsão da Odebrecht apesar de acordo Próximo Texto: Argentina: Campo volta a fazer locaute contra Cristina Índice
|