São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2010

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Em meio a crises, Obama deve perder braço direito

Chefe de gabinete, Rahm Emanuel, é cotado para a Prefeitura de Chicago

Assessor é considerado fundamental para a passagem das maiores reformas legislativas de interesse do presidente

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

O presidente dos EUA, Barack Obama, deve anunciar hoje uma importante troca de guarda da Casa Branca -seu chefe de gabinete, Rahm Emanuel, deixa o posto para concorrer à Prefeitura de Chicago. O provável substituto é o assessor de longa data Pete Rouse.
O chefe de gabinete atua como o ministro da Casa Civil no Brasil. A troca tem o potencial de mudar fundamentalmente o funcionamento da Casa Branca e de alterar a lista de grupos e vozes que têm mais ou menos acesso à Presidência.
Isso é ainda mais verdadeiro no caso de Emanuel, considerado por muitos o chefe de gabinete mais poderoso da Casa Branca em uma geração -chegando a ser apelidado de "Rahmbo".
E o momento é delicado, a pouco mais de um mês de eleições para o Congresso em que se avizinham fortes perdas para os democratas.
Em 2006, quando era deputado, Emanuel ajudou os democratas a retomarem controle do Congresso.
O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, confirmou que Obama fará dois anúncios sobre a equipe hoje e fez elogios a Emanuel e Rouse, mas se recusou a dizer que a troca será oficializada.
Gibbs disse que o presidente começa e termina seus dias de trabalho em reuniões com Emanuel, 50. Ele é creditado como um dos líderes da luta pela reforma do sistema de saúde, do sistema financeiro e de praticamente todas as grandes iniciativas da Casa Branca na atual gestão.
Sobre Rouse, 64, disse que o presidente tem "completa lealdade e confiança" no assessor, que tem participação tática em "virtualmente todas as decisões estratégicas" tomadas pelo governo.
Veterano de Washington, Rouse aconselha Obama desde que ele assumiu sua vaga no Senado, há quase seis anos. Foi seu chefe de gabinete no Congresso.
A expectativa é que, apesar de não ser um interino, Rouse não ficará no cargo por tempo prolongado. Ele tem perfil mais discreto do que o exigido pela posição.
Já Emanuel era conhecido por um estilo agressivo que deixou incomodados políticos dos dois partidos.


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