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DESASTRE AÉREO
Segundo os EUA, não há indícios de sobreviventes na queda do Boeing 767, ocorrido na costa do país
Avião da EgyptAir cai no mar com 217
MARCIO AITH
de Washington
Um avião da EgyptAir levando
217 pessoas caiu no mar à 1h50 de
ontem (4h50 no horário de Brasília), perto da costa do Estado de
Massachusetts, nos EUA, cerca de
30 minutos depois de ter decolado do aeroporto internacional
JFK, em Nova York, com destino
ao Cairo, no Egito. Não há indícios de sobreviventes.
Equipes de resgate recolheram
destroços e pelo menos um corpo
a cerca de 100 km ao sul da ilha de
Nantucket, último local em que o
avião foi localizado no radar.
O Boeing 767/300ER desapareceu na madrugada de domingo
sem que a tripulação tenha feito
nenhuma comunicação de emergência pelo rádio. As condições
de vôo eram boas.
A aeronave levava 199 passageiros e 18 tripulantes. A EgyptAir
informou que 62 egípcios, 2 sudaneses, 3 sírios e 1 chileno estavam
a bordo. Não havia informações
disponíveis para identificar a nacionalidade exata dos outros 131
passageiros. Segundo a EgyptAir,
dezenas eram norte-americanos
com dupla nacionalidade.
O vôo 990 da EgyptAir decolou
de Los Angeles na noite de sábado, com atraso de quase duas horas por causa da troca de um dos
pneus da aeronave. Foi divulgado
pela empresa que 32 passageiros
embarcaram em Los Angeles e
167 em Nova York.
Não houve registro de que a aeronave tenha perdido altitude depois de decolar do aeroporto JFK.
Ela simplesmente sumiu dos radares, o que sugere a ocorrência
de um evento "catastrófico", provavelmente uma explosão. Um
dos radares detectou que o avião
pode ter caído a uma velocidade
de 7.000 metros por minuto.
Até ontem não havia nenhum
indício de atentado terrorista. As
autoridades e a imprensa foram
especialmente cuidadosas ao
mencionar essa possibilidade,
justificando a atuação de investigadores do FBI (polícia federal
norte-americana) como um procedimento padrão.
O FBI anunciou não haver, "até
o momento", suspeita de ato terrorista. A agência concentra seus
trabalhos no reconhecimento da
identidade dos passageiros e em
entrevistas com pessoas que tiveram contato com a aeronave antes da decolagem ou que desembarcaram em Nova York.
Passageiros são proibidos de
embarcar em vôos internacionais
originados nos EUA e desembarcar em escalas no território norte-americano. Segundo a EgyptAir,
um passageiro embarcou em Los
Angeles e desembarcou no aeroporto de JFK. Mas, por se tratar de
empregado da companhia aérea,
isso seria permitido.
O presidente dos EUA, Bill Clinton, disse que "não há indícios de
crime" e apelou à opinião pública
para que "não tire conclusões".
A Guarda Costeira conduz um
"maciço trabalho de resgate" no
provável local da queda da aeronave, onde os destroços foram localizados.
A "caixa-preta" do avião, que
contém gravações da cabine e informações de vôo, não tinha sido
encontrada até a noite de ontem.
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