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Hillary sofre ataque de rivais democratas
Em debate, favorita entre eleitores do partido é acusada de abrir caminho para Bush invadir o Irã e de ser dissimulada
Foi o sétimo encontro entre pré-candidatos da oposição, mas o mais duro para a senadora; primárias começam em dois meses
DO "NEW YORK TIMES"
A senadora Hillary Rodham
Clinton foi submetida a um ataque duro dos outros pré-candidatos presidenciais democratas na noite de terça-feira, num
debate em que seus adversários
contestaram sua coerência e a
acusaram de estimular o presidente Bush a preparar a invasão do Irã.
No sétimo encontro dos pré-candidatos do partido, pareceu
que Hillary estava se defendendo de críticas vindas de todos os
lados, refletindo a vulnerabilidade decorrente de sua condição de candidata favorita -a
dois meses da primeira primária, em janeiro, ela é a preferida
de 38% dos eleitores democratas, contra 24% que preferem
Barack Obama e 12% que votariam em John Edwards.
Hillary foi atacada por não
propor planos específicos para
a Previdência Social e contestada por ter votado a favor da designação da Guarda Revolucionária iraniana como organização terrorista. Foi tachada de
dissimulada e de símbolo do establishment de Washington.
Obama acusou Hillary de
"mudar de posição quando isso
é politicamente conveniente",
apontando para o Nafta, a tortura e a guerra no Iraque. Mas
ele foi sobrepujado pelo ex-senador da Carolina do Norte
John Edwards, que contestou
repetidamente as credenciais e
a credibilidade de Hillary.
"A senadora Clinton afirma
acreditar que pode ser a candidata da transformação, mas defende um sistema de Washington que é corrupto e não funciona mais", disse Edwards.
Ele acrescentou: "Acho que a
população americana merece
um presidente dos EUA que lhe
dirá a verdade, que não dirá
uma coisa em um momento e
algo diferente em outro".
Hillary Clinton chegou ao debate sabendo que seria alvo,
mas, à medida que o tempo passava, pareceu estar surpresa
com a intensidade com a qual
era questionada. Como evidência de que está transmitindo
uma mensagem clara, ela apontou para o fato de que os republicanos a vêm atacando constantemente.
"Os republicanos e sua obsessão constante comigo demonstram claramente que eles
obviamente pensam que estou
me comunicando com eficácia
sobre o que farei como presidente", disse Hillary.
Edwards e Obama quase se
atrapalharam ao oferecer uma
interpretação diferente. "Parte
da razão pela qual os republicanos são obcecados com você,
Hillary, é que esse é um combate que eles se sentem à vontade
em travar", disse Obama. "Outra visão do porquê de os republicanos não pararem de falar
da senadora Clinton, senadora,
é que eles podem realmente
querer concorrer com a senhora", disse Edwards. "Acho que,
se as pessoas querem manter o
status quo, sua candidata será a
senadora Clinton."
Hillary se negou a dizer se
pressionaria o Arquivo Nacional a trazer a público correspondências entre ela e Bill
Clinton, quando este era presidente. Foi acusada de falta de
transparência.
Tradução de CLARA ALLAIN
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