São Paulo, sábado, 01 de dezembro de 2007

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Colômbia discute com Amorim crise Uribe-Chávez

DA REDAÇÃO

O chanceler brasileiro, Celso Amorim, confirmou à Folha que teve um encontro de uma hora em Bogotá na noite de quinta-feira com seu colega da Colômbia, Fernando Araújo, para discutir o corte de relações entre Hugo Chávez e Álvaro Uribe. Mas negou que o Brasil tenha se oferecido para mediar as relações entre os dois presidentes.
"Não há intermediação. Mas o Brasil está disposto a ouvir. Se nesse processo surgir uma oportunidade de facilitação, ótimo", afirmou. Ele disse que foi procurado pelo chanceler colombiano, que durante o encontro relatou a visão de seu país sobre o episódio.
O brasileiro não quis opinar sobre a decisão de Uribe de tirar Chávez da negociação com as Farc. Mas disse que "torcíamos para que a mediação desse certo, e nesse sentido podemos dizer que foi uma perda".
Segundo Amorim, Lula e Uribe estarão juntos em Buenos Aires em 10 de dezembro, quando Cristina Kirchner assumirá a Presidência. "Se o presidente Chávez também for, podem conversar", disse.

Venezuela e Bolívia
Sobre o referendo na Venezuela, Amorim destacou que "há um clima bastante democrático" no país. "A decisão é dos venezuelanos. Tem havido manifestações grandes, não só do governo, mas também da oposição. Não se pode dizer que há um cerceamento da crítica."
O chanceler vê possibilidade de mediação do Brasil na disputa entre a oposição e o presidente da Bolívia, Evo Morales. Lula visitará Morales no próximo dia 12. "O governo Evo Morales é legítimo, foi eleito, ninguém pode se esquecer disso. Não se pode usar nenhum pretexto para nenhum tipo de golpismo. A presença de Lula pode servir de inspiração ao diálogo. Nenhum país pode sobreviver totalmente dividido."


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