|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Colômbia discute com Amorim crise Uribe-Chávez
DA REDAÇÃO
O chanceler brasileiro, Celso
Amorim, confirmou à Folha
que teve um encontro de uma
hora em Bogotá na noite de
quinta-feira com seu colega da
Colômbia, Fernando Araújo,
para discutir o corte de relações entre Hugo Chávez e Álvaro Uribe. Mas negou que o Brasil tenha se oferecido para mediar as relações entre os dois
presidentes.
"Não há intermediação. Mas
o Brasil está disposto a ouvir.
Se nesse processo surgir uma
oportunidade de facilitação,
ótimo", afirmou. Ele disse que
foi procurado pelo chanceler
colombiano, que durante o encontro relatou a visão de seu
país sobre o episódio.
O brasileiro não quis opinar
sobre a decisão de Uribe de tirar Chávez da negociação com
as Farc. Mas disse que "torcíamos para que a mediação desse
certo, e nesse sentido podemos
dizer que foi uma perda".
Segundo Amorim, Lula e
Uribe estarão juntos em Buenos Aires em 10 de dezembro,
quando Cristina Kirchner assumirá a Presidência. "Se o
presidente Chávez também
for, podem conversar", disse.
Venezuela e Bolívia
Sobre o referendo na Venezuela, Amorim destacou que
"há um clima bastante democrático" no país. "A decisão é
dos venezuelanos. Tem havido
manifestações grandes, não só
do governo, mas também da
oposição. Não se pode dizer que
há um cerceamento da crítica."
O chanceler vê possibilidade
de mediação do Brasil na disputa entre a oposição e o presidente da Bolívia, Evo Morales.
Lula visitará Morales no próximo dia 12. "O governo Evo Morales é legítimo, foi eleito, ninguém pode se esquecer disso.
Não se pode usar nenhum pretexto para nenhum tipo de golpismo. A presença de Lula pode
servir de inspiração ao diálogo.
Nenhum país pode sobreviver
totalmente dividido."
Texto Anterior: Colômbia apreende provas de vida de reféns Próximo Texto: Caminho ao Pacífico paga tributo a incas Índice
|