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MÉXICO, 10 ANOS
Enfraquecidos, zapatistas têm apoio externo
DA REDAÇÃO
Os rebeldes zapatistas do México lembraram ontem o décimo
aniversário do levante que empreenderam no sul do país com
uma festa discreta, em meio a
questionamentos sobre se o movimento pelos direitos indígenas
ainda tem força ou apenas um
glorioso passado.
As comunidades zapatistas ainda vivem na pobreza, imobilizadas por uma trégua com o governo e em constante tensão com os
vizinhos, em geral outros índios,
por terra.
Apesar disso, os zapatistas ainda conseguem arrebanhar apoio
no exterior para lembrar o movimento. "Haverá outro 1º de janeiro, como em 1994, caso o governo
não nos ouça", disse Isaac, um
mascarado rebelde, ao lado de
simpatizantes da Espanha, da Noruega, da França, da Itália, dos
EUA e de outros países, em Oventic, bastião do grupo, no Estado
de Chiapas.
O movimento zapatista foi deflagrado após a entrada em vigor
do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte).
Enquanto o então presidente,
Carlos Salinas de Gortari, saudava
a chegada de 1994 com a entrada
do México no Nafta, dezenas de
indígenas encapuzados tomaram
de assalto diversas localidades de
Chiapas, declarando guerra ao
Exército e ao "Estado opressor".
O governo de Vicente Fox, que
está na metade de seu mandato de
seis anos e enfrenta uma sombria
estagnação econômica, elogiou
ontem o acordo comercial com os
EUA e o Canadá, mas não houve
comemorações oficiais.
Com agências internacionais
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