São Paulo, sexta-feira, 02 de janeiro de 2004

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MÉXICO, 10 ANOS

Enfraquecidos, zapatistas têm apoio externo

DA REDAÇÃO

Os rebeldes zapatistas do México lembraram ontem o décimo aniversário do levante que empreenderam no sul do país com uma festa discreta, em meio a questionamentos sobre se o movimento pelos direitos indígenas ainda tem força ou apenas um glorioso passado.
As comunidades zapatistas ainda vivem na pobreza, imobilizadas por uma trégua com o governo e em constante tensão com os vizinhos, em geral outros índios, por terra.
Apesar disso, os zapatistas ainda conseguem arrebanhar apoio no exterior para lembrar o movimento. "Haverá outro 1º de janeiro, como em 1994, caso o governo não nos ouça", disse Isaac, um mascarado rebelde, ao lado de simpatizantes da Espanha, da Noruega, da França, da Itália, dos EUA e de outros países, em Oventic, bastião do grupo, no Estado de Chiapas.
O movimento zapatista foi deflagrado após a entrada em vigor do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte).
Enquanto o então presidente, Carlos Salinas de Gortari, saudava a chegada de 1994 com a entrada do México no Nafta, dezenas de indígenas encapuzados tomaram de assalto diversas localidades de Chiapas, declarando guerra ao Exército e ao "Estado opressor".
O governo de Vicente Fox, que está na metade de seu mandato de seis anos e enfrenta uma sombria estagnação econômica, elogiou ontem o acordo comercial com os EUA e o Canadá, mas não houve comemorações oficiais.


Com agências internacionais


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