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Colômbia lança novo plano para combater repique de violência
Piora na área acendeu alerta no governo; campanha eleitoral começa sem definição da candidatura Uribe
DA REDAÇÃO
Para afrontar a atual alta de
índices de violência em grandes
cidades colombianas, o governo Álvaro Uribe anunciou ontem que redistribuirá 36 mil
policiais, priorizando as zonas
com maiores índices de criminalidade. O novo esquema de
policiamento deve começar a
ser implementado na capital
Bogotá, em Medellín (segunda
maior cidade do país) e em ao
menos mais dois municípios.
A informação é do comandante da Polícia Nacional, general Oscar Naranjo, que classificou o ano de 2009 como
"uma quebra na tendência" de
diminuição dos índices de delinquência -homicídios, roubos, sequestros- no país.
Naranjo citou alta de assassinatos em Medellín -cresceram
34% em 2009 se comparados a
2008. A cidade, no noroeste, é
considerada uma vitrine da
queda de violência especialmente por conta de políticas
municipais que combinam policiamento ostensivo, programas sociais e de intervenção
urbana que hoje inspiram
ações nas favelas cariocas.
Segundo Naranjo, a redistribuição dos policiais seguirá
mapeamento da criminalidade
concluído recentemente pelo
governo, seguindo modelo que
identifica "quadras violentas"
-podem ser quadras propriamente ou zonas maiores- usado na França e no Chile.
Bogotá diz que o repique de
violência se deve à disputa entre novos grupos pelo micronarcotráfico nas cidades. Analistas veem também os limites
da política de segurança de Uribe: falha na execução do plano
de desmobilização de grupos
paramilitares, em 2005, com
índices altos de reincidência e
impunidade; e corrupção nas
forças de segurança.
A boa performance na área
de segurança -tanto na ofensiva contra as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) como na queda da criminalidade urbana- é um dos
pilares da aprovação em torno
de 70% de Uribe. Sua gestão,
porém, acumula críticas de
ONGs de direitos humanos.
Os números de violência
acenderam o alerta do governo
no momento em que começa a
campanha eleitoral e quando a
candidatura do presidente a
um terceiro mandato -possibilidade vetada pela Constituição- ainda depende que uma
decisão judicial autorize a realização de um referendo para
mudar a legislação.
Ontem, Uribe usou uma metáfora militar para se esquivar
de responder se tentará ficar 12
anos no poder. "Lutarei por minha pátria em qualquer trincheira". A Colômbia escolherá
legisladores em março e o novo
presidente, em maio.
Com agências internacionais
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