São Paulo, quarta-feira, 02 de março de 2011

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Conselho de Direitos Humanos suspende a Líbia

ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

A Assembleia Geral da ONU aprovou ontem a suspensão da Líbia do Conselho de Direitos Humanos (CDH).
É a primeira vez que um membro do CDH é suspenso.
O regime de Muammar Gaddafi é acusado de matar mais de mil civis desde o início dos protestos contra o governo, no mês passado.
A suspensão foi aprovada por consenso no órgão de 192 países (era preciso o apoio de dois terços dos membros). O Brasil foi um dos copatrocinadores da resolução.
Isso não quer dizer que todos os países eram favoráveis: Cuba, Nicarágua e Venezuela, por exemplo, manifestaram ser contra.
Na semana passada, o Conselho de Segurança aprovou sanções contra o país, como o congelamento de ativos financeiros de Gaddafi.
A embaixadora americana na ONU, Susan Rice, disse ontem que o país vai continuar agindo "contra Gaddafi até que ele saia do poder e permita que os líbios se expressem livremente e determinem seu próprio futuro".
E a secretária de Estado, Hillary Clinton, alertou para o risco de guerra civil longa se Gaddafi não deixar o governo e reiterou que todas as opções, inclusive a militar, estão na mesa.
Ela disse ainda que os EUA vão investigar o papel de Gaddafi no atentado contra um avião da PanAm que matou 270 pessoas em 1988, após cair na cidade de Lockerbie, na Escócia.
Antigos aliados de Gaddafi afirmaram recentemente que o atentado foi ordenado pelo ditador. Em 2003, a Líbia pagou compensação de US$ 2,7 bilhões para os familiares.
No Pentágono, o secretário da Defesa, Robert Gates, afirmou a jornalistas que os militares "estão tentando dar ao presidente [Barack Obama] o maior espaço possível para uma decisão de ação".
Um terceiro navio de guerra dos EUA entrou no Mediterrâneo, um dia após o país anunciar que reposicionaria forças ao redor da Líbia.


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