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Premiê israelense convida árabes para conferência de paz
Anúncio inesperado ocorre durante entrevista coletiva de Ehud Olmert com a chanceler alemã, Angela Merkel, em Jerusalém
Convite é uma resposta a plano de paz da Arábia Saudita, pelo qual árabes reconheceriam Israel em troca de retirada de tropas
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, convidou
ontem líderes árabes para participar de uma conferência regional de paz.
O inesperado convite surgiu
numa entrevista coletiva que
Olmert dava com Angela Merkel, a chanceler da Alemanha,
país que atualmente ocupa a
presidência rotativa da União
Européia (UE). Merkel faz um
tour pelo Oriente Médio.
"Quero aproveitar a importante ocasião de estar com a
presidente da UE para convidar
todos os chefes de Estado árabes, incluindo o rei da Arábia
Saudita, para um encontro",
disse Olmert, acrescentando
que cada parte deveria levar
suas exigências, mas nenhuma
deveria procurar ditar os termos do diálogo.
Olmert afirmou também que
"se o rei saudita patrocinar um
encontro de [líderes árabes]
moderados e convidar a mim e
ao presidente da Autoridade
Nacional Palestina, ficarei feliz
em comparecer e apresentar
nosso ponto de vista".
Na semana passada, numa
reunião de cúpula na Arábia
Saudita, a Liga Árabe voltou a
aprovar o plano de paz apresentado pelos sauditas em
2002 que oferece a Israel reconhecimento por parte dos países árabes em troca da retirada
dos exércitos israelenses de todos os territórios conquistados
em 1967 e de uma "solução justa" para o problema dos refugiados palestinos.
Olmert deu boas vindas à decisão, afirmando que ela revela
uma mudança na forma como
os países árabes vêem Israel,
mas disse que não aceita todas
as partes do plano saudita.
Restrições
Israel tem pelo menos duas
importantes restrições à proposta árabe. Diz que, por razões
demográficas, não pode conceder aos refugiados e seus descendentes o direito de retorno
e pretende ainda manter pelo
menos dois assentamentos judaicos na Cisjordânia. Diplomatas haviam afirmado antes
do anúncio do convite que os
EUA e o Egito estavam pressionando Israel para iniciar o
quanto antes conversações
com um bloco de países árabes.
Numa série de entrevistas
publicadas neste fim de semana, Olmert já havia dito que era
favorável a negociações diretas
com a Arábia Saudita. Não havia chegado, porém, a lançar
um convite aberto.
Olmert também negou rumores de que Israel planeja
uma ofensiva conjunta, na qual
os EUA atacariam o Irã e Israel
se encarregaria da Síria e do Líbano. O premiê classificou tal
idéia como "sem fundamento".
Com agências internacionais
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