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PÓS-GUERRA
Forças americanas serão mudadas da Alemanha para países do leste, que apoiaram ofensiva contra o Iraque
EUA alteram estratégia militar na Europa
DA REDAÇÃO
Uma dramática alteração na estratégia militar americana relacionada à Europa vem ocorrendo
desde o final da guerra no Iraque,
com a mudança de forças militares dos EUA de bases na Alemanha para outras na "nova" Europa, incluindo a Bulgária, a Romênia, a Polônia e a Hungria.
Segundo relatos da mídia americana, boa parte da 1ª Divisão
Blindada dos EUA, que tem 17 mil
homens e foi enviada ao Iraque de
bases na Alemanha, não retornará ao território alemão.
Enquanto isso, o ministro da
Defesa da Romênia, Ioan Mircea
Pascu, anunciou que, "em breve",
serão realizadas reuniões entre
autoridades romenas e americanas para discutir a possibilidade
do envio de mais militares dos
EUA a bases situadas em seu país.
A decisão de reduzir gradativamente a presença das forças americanas na Alemanha -e na Arábia Saudita, conforme planos do
Pentágono- expõe como a guerra no Iraque alterou as prioridades militares de Washington.
A fase atual (pós-conflito) vem
sendo usada -pelos americanos- para buscar reordenar as
bases da segurança internacional.
Assim, Washington realizará sua
maior reorganização militar desde a Segunda Guerra Mundial.
Mais de 112 mil soldados americanos ficam estacionados na Europa normalmente, e 80% passaram pela Alemanha. Mas, após as
duras críticas dos governos alemão e francês à guerra ao Iraque
liderada pelos EUA, o Pentágono
parece inclinado a dar mais atenção ao leste do continente.
Países que pertenciam ao bloco
comunista, que já fazem parte da
Otan (aliança militar ocidental),
têm duas vantagens atualmente
aos olhos dos americanos.
Primeiro, apoiaram incondicionalmente a ação dos EUA para
depor o ex-ditador Saddam Hussein. Segundo, possuem, em seu
território, bases militares situadas
em locais estratégicos para monitorar o Oriente Médio e a Ásia.
Com isso, o panorama mais
provável aponta para uma série
de pequenas bases situadas no
Leste Europeu, abrigando um número limitado de soldados americanos, com uma parte significativa deles retornando aos EUA. Essa estratégia se encaixa perfeitamente nos planos do secretário da
Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, que pretende criar forças
mais rápidas e mais ágeis.
O principal comandante militar
americano na Europa, o general
James Jones, pediu a criação de
uma "família de bases", que poderia ir de "frio a quente ou a muito
quente se necessário".
Essa característica permitiria
uma expansão periódica das forças dos EUA -quando isso fosse
considerado necessário pelos comandantes militares- e ajudaria
a evitar um problema político
com a Rússia.
Como parte do acordo com
Moscou para obter a expansão da
Otan, na década de 90, Washington concordou em não abrir novas bases militares nos países que
pertenciam ao bloco comunista.
Turquia
Os EUA fecharam ontem sua última missão militar de importância na Turquia, em outra medida
que se insere na mudança da estratégia militar americana. Essa
alteração também atinge o Oriente Médio e põe em dúvida a importância estratégica da Turquia.
Segundo autoridades americanas, a razão da mudança é o fato
de o Iraque não mais constituir
uma grande ameaça, tornando
desnecessárias missões de monitoramento aéreo na zona de exclusão ao norte do território iraquiano. Para realizar essas missões, os aviões dos EUA partiam
de bases situadas na Turquia.
Alguns analistas dizem, porém,
que a mudança se deve aos problemas encontrados pelos americanos antes do início da guerra,
quando queriam que o Parlamento turco aprovasse a utilização de
suas bases pelas forças dos EUA.
Com agências internacionais e o "Independent"
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