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Democrata fará juiz do Supremo após 15 anos
DA REDAÇÃO
A Suprema Corte dos Estados Unidos receberá um juiz,
ou juíza, indicado pelo presidente Barack Obama, após 15
anos sem nomeações democratas. A aposentadoria do progressista David Souter, em junho, não deve alterar o balanço
de poder no tribunal, mas é o
primeiro teste dos planos de
Obama para o Judiciário.
Com apenas uma juíza entre
os nove magistrados do tribunal, é provável a indicação de
uma mulher. O nome precisa
do endosso do Senado, mas a
ampla maioria facilita a aprovação da escolha do democrata.
Obama disse que o sucessor
de Souter será alguém "independente". "Ele ou ela" deve
entender os valores constitucionais e o impacto da Justiça
na vida das pessoas, afirmou o
presidente, que lecionou Direito Constitucional na Universidade Harvard. Fiel a sua retórica conciliadora, ele prometeu
consultar opositores sobre a escolha, alvo de escrutínio.
Indicações para a Suprema
Corte são fontes duradouras de
influência dos presidentes
americanos. As duas nomeações no segundo mandato de
George W. Bush deram aos
conservadores maioria no tribunal, que tem a palavra final
em temas polêmicos e julga litígios entre os Estados e a União.
Os nove magistrados do Supremo frequentemente se dividem em 5-4 nas votações. Com
a polarização, muitas vezes cabe ao juiz Anthony Kennedy,
conservador moderado indicado pelo republicano Ronald
Reagan, o voto decisivo.
Sub-representadas no tribunal, mulheres dominam a lista
de prováveis sucessores. Única
juíza na Suprema Corte, a feminista Ruth Bader Ginsburg, 76,
passou em fevereiro por uma
cirurgia devido a um câncer.
A juíza federal Sonia Sotomayor, 54, que se tornaria a única
hispânica na Corte, está entre
as mais cotadas. Considerada
progressista moderada, ela tem
posições próximas às de Souter, indicado por um republicano, mas próximo à ala progressista do tribunal.
A lista inclui Elena Kagan,
nomeada procuradora geral
por Obama; Kathleen Sullivan,
da Universidade Stanford; e as
juízas Diane Wood e Kim Wardlaw. As governadoras Christine Gregoire (Washington) e
Jennifer Granholm (Michigan)
estão entre as cogitadas.
Amigo de Obama e primeiro
governador negro de Massachusetts, Devon Patrick é um
dos poucos homens citados pela imprensa americana.
Com o "New York Times" e agências internacionais
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