São Paulo, sábado, 02 de junho de 2007

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RÚSSIA

Moscou acusa Londres de politizar morte de ex-espião

DA REDAÇÃO

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou ontem o Reino Unido de explorar politicamente o assassinato do ex-espião da KGB Alexander Litvinenko, e afirmou que Londres está estragando as relações diplomáticas russo-britânicas. As críticas de Lavrov foram feitas um dia depois de Andrei Lugovoi, indiciado no Reino Unido como suposto assassino de Litvinenko, ter acusado o MI6, serviço de inteligência britânico, de ser "provavelmente" o autor do crime, ocorrido em 2006. O governo britânico solicitou a Moscou a extradição de Lugovoi, mas o pedido não deve ser aceito. Litvinenko havia se refugiado no Reino Unido em 2000, alegando que era perseguido pelo governo russo. Morreu envenenado pela substância radioativa polônio-210. Lugovoi foi a última pessoa com quem ele se encontrou.
O governo russo adiou ontem a decisão de suspender o direito de exploração da reserva de gás Kovykta, na Sibéria, da empresa britânica British Petroleum. O adiamento, de apenas duas semanas, tem um caráter estratégico, uma vez que a reunião do G8, grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia, acontece na próxima semana. As reservas de gás de Kovykta, segundo a Reuters, são suficientes para abastecer o mundo por quase um ano. Analistas vêem a manobra de Moscou como uma tática para colocar as grandes reservas energéticas russas sob o controle do Estado.


Com agências internacionais


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