EUA e Espanha têm relações tensas também sobre Iraque

DA REDAÇÃO

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, expressou discordância sobre o diálogo entre o governo do premiê espanhol José Luis Rodríguez Zapatero com Cuba.
Com apenas oito horas em Madri, a visita de Rice foi a primeira do alto escalão da equipe do presidente George W. Bush desde que Zapatero retirou as tropas espanholas do Iraque, em abril de 2004.
Apesar da visita organizada para demonstrar a "normalização" das relações entre os dois países, houve críticas dos dois lados. Rice disse que tem "sérias dúvidas" sobre as conversas do chanceler espanhol Miguel Ángel Moratinos com Raúl Castro, que substituiu o ditador Fidel Castro na Presidência da ilha desde que este foi operado do intestino, no ano passado. "Não sei o que se pode alcançar com um regime que não é comprometido com princípios democráticos", disse Rice.
Em coletiva, Moratinos retrucou dizendo que nenhum outro governo faz tanto pelos dissidentes cubanos como o espanhol. "Quem se encontrou mais vezes com os dissidentes cubanos, o governo espanhol ou o americano?", perguntou.
Moratinos também falou que os EUA não deveriam isolar Cuba e sim seguir o exemplo da Espanha e dialogar com o governo cubano. Moratinos visitou Cuba em abril, mas não se encontrou com os dissidentes. Rice também pediu que a Espanha aumente suas tropas no Afeganistão.
Bush e Zapatero nunca se encontraram oficialmente, e é provável que essa reunião não aconteça nos 19 meses que restam do governo do americano.
EUA e Espanha lutaram em uma guerra por Cuba em 1898, quando os americanos derrotaram a então metrópole européia. Até durante a ditadura do general Francisco Franco o país manteve relações com o regime de Fidel Castro.


Texto Anterior: Frase
Índice