São Paulo, quinta-feira, 02 de junho de 2011

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Brasil comemora e avalia questão como resolvida

DE WASHINGTON

O Brasil comemorou a reintegração de Honduras à OEA (Organização dos Estados Americanos) e afirmou que, com o retorno do ex-presidente Manuel Zelaya, "a principal questão está resolvida", ainda que os golpistas não tenham sido punidos.
O representante brasileiro na OEA, o subsecretário-geral do Itamaraty para América do Sul, Antônio Simões, disse ontem que "a questão da impunidade é interna". "É claro que nos preocupa.
Mas não é a comunidade internacional que tem que resolver isso, e sim a sociedade hondurenha", disse. Segundo ele, "o fundamental era o retorno de Zelaya e a possibilidade de ele e seu grupo atuarem politicamente."
O Brasil apoiou a mediação de Colômbia e Venezuela da qual o acordo de Cartagena foi o resultado. Assim, para Simões, ainda que "haja coisas que poderiam ser melhores, não podíamos vir aqui refazer o acordo".
"Para o Brasil, hoje encerramos uma etapa. E vamos continuar a labuta pela vigência da democracia em outro campo, com Honduras dentro da organização", disse o diplomata.
Honduras foi suspensa da organização por unanimidade dias após o golpe de junho de 2009, numa inédita aplicação da Carta Democrática da OEA.
Após a eleição do atual presidente, Porfirio Lobo, os EUA e seus aliados, entre eles Colômbia e Peru, reconheceram seu governo e defenderam a volta do país à OEA.
Brasil, seus sócios do Mercosul e o bloco liderado pela Venezuela insistiam em que Tegucigalpa tinha de cumprir condições mínimas, como propiciar o fim do exílio de Zelaya, o que ocorreu no sábado passado. (AM)

Colaborou FLÁVIA MARREIRO, de Caracas


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