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PERSONALIDADE
Ator americano se notabilizou por comédias co-estreladas por Jack Lemmon, como "Um Estranho Casal"
Walter Matthau morre aos 79 nos EUA
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O ator norte-americano Walter
Matthau morreu na madrugada
de ontem, em Santa Monica (Califórnia), de ataque cardíaco, aos 79
anos. Seu último trabalho, a comédia "Linhas Cruzadas" (2000),
dirigida pela atriz Diane Keaton,
foi exibido recentemente nos cinemas do país.
Conhecido por seus papéis cômicos em parceria com Jack Lemmon -a dupla chegou a quebrar
a máxima de que "filme de velhos" não faz sucesso, com "Dois
Velhos Rabugentos" (93) e "Dois
Velhos Mais Rabugentos" (95),
que arrecadaram US$ 70 milhões
apenas nos EUA-, Matthau recebeu o Oscar de coadjuvante em
66 com "Uma Loira por Um Milhão", de Billy Wilder.
Filho de imigrantes judeus russos, nascido Walter Matauschanskaiaski, em Nova York no
dia 1º de outubro de 1920, cresceu
em cortiços e começou a trabalhar aos 11 anos, vendendo bebidas nos intervalos das sessões dos
teatros de público judaico.
Foi nesses teatros que descobriu
sua veia artística, ao fazer pequenas pontas nas peças para ganhar
um dinheirinho a mais -recebia
cerca de US$ 0,50 por atuação.
Após servir na Força Aérea
americana durante a Segunda
Guerra Mundial, decidiu estudar
arte dramática e foi aluno de Erwin Piscator. Já em 46, estreou no
teatro, com a peça "Three Men
and a Horse", e nos anos 50 participou de várias montagens de sucesso na Broadway. A passagem
para o cinema ocorreu em 55,
com "Homem Até o Fim", dirigido por Burt Lancaster.
Interpretando inicialmente papéis de vilão (como em "Balada
Sangrenta", protagonizado em 58
por Elvis Presley), notabilizou-se
pelo talento cômico -que seria a
marca de sua carreira- após estabelecer a duradoura parceria
com Jack Lemmon. Nos Estados
Unidos, os atores eram conhecidos como "o casal ímpar".
A dupla se fortaleceu a partir de
"Um Estranho Casal" (68), de Gene Saks, em que Matthau e Lemmon interpretavam dois homens
separados dividindo um apartamento. O filme foi adaptado da
comédia que o dramaturgo Neil
Simon escreveu especialmente
para Matthau, encenada na
Broadway em 65.
O ator dizia que, com o rosto
que tinha, estava mesmo destinado aos papéis de cômico ou vilão.
"Eu não me pareço com um ator.
Poderia ser qualquer um, muitas
pessoas me olham na rua e dizem:
"Quem é esse cara? Será que servi
no Exército com ele?'", disse em
entrevista.
Entre os filmes de maior êxito
em que participou está "A Primeira Página" (74), no qual Billy Wilder -novamente- traça um retrato ácido do jornalismo norte-americano dos anos 20 (Matthau
interpreta um editor).
Indicado duas vezes para o Oscar de ator, por "Kotch" (71, dirigido por Lemmon) e "Uma Dupla
Desajustada" (75), Matthau dirigiu um único filme, ainda no início de sua carreira, "Gangster
Story" (60). Entre seus últimos
trabalhos está o drama "Ensina-me a Viver" (96), no qual foi dirigido por seu filho Charles.
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