São Paulo, terça-feira, 02 de julho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ORIENTE MÉDIO

Ato reúne 4.000

Palestinos protestam contra a ANP em Gaza

DA REDAÇÃO

Cerca de 4.000 palestinos protestaram contra a ANP (Autoridade Nacional Palestina) ontem em Gaza. Eles exigiam melhorias na economia, devastada nos 21 meses de Intifada (levante palestino contra a ocupação israelense).
Alguns manifestantes colaram pães árabes a cartazes para simbolizar a dificuldade de conseguir comida. Antes do protesto de ontem, os palestinos costumavam acusar Israel de ser o responsável pela má situação econômica.
O presidente da ANP, Iasser Arafat, não vai a Gaza desde o ano passado. Ele está hoje cercado por tanques israelenses no QG da ANP em Ramallah (Cisjordânia).
O grupo extremista islâmico Hamas afirmou ontem que irá se vingar da morte de seu principal fabricante de bombas, Muhanad al Taher, conhecido como "Engenheiro 4". Ele teria sido o responsável pela fabricação de bombas utilizadas em atentados que teriam deixado mais de cem israelenses mortos.
O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, disse que a morte de Taher faz parte de uma "importante operação" de autodefesa de Israel e contra o Hamas. O grupo já reivindicou dezenas de atentados contra israelenses.
As operações de Israel na Cisjordânia continuaram ontem. Anan Hashash, um importante membro do grupo extremista Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligado ao Fatah (grupo político de Arafat), foi preso por Israel em Salfit, perto de Nablus.
O ministro da Defesa de Israel, o trabalhista Binyamin ben Eliezer, disse ser favorável a um Estado palestino desmilitarizado e acrescentou ser contrário à construção de novos assentamentos em partes isoladas da Cisjordânia e da faixa de Gaza.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Justiça: Juiz dos EUA declara inconstitucional a pena de morte
Próximo Texto: Tragédia: Choque entre Boeing e Tupolev mata 71
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.