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ÁSIA CENTRAL
Violência volta a adiar a eleição no Afeganistão
DA REDAÇÃO
Previstas para setembro, as eleições no Afeganistão, que já haviam sido adiadas por três meses,
foram transferidas ontem para
meados de outubro. Os funcionários eleitorais afegãos e estrangeiros alegaram razões logísticas e
políticas e falta de segurança.
Farooq Wardak, um dos coordenadores do comitê eleitoral, admitiu que disputas entre seu comitê e os partidos políticos atrasariam o anúncio da data exata das
eleições, que seria realizado nesta
semana, mas também foi adiado.
Pela legislação afegã, o dia das
eleições tem de ser anunciado
com 90 dias de antecedência. Para
serem realizadas em setembro, o
prazo termina hoje.
Embora o registro de eleitores
finalmente tenha deslanchado, a
indicação de candidatos, as regras
de procedimento e a regularização dos partidos estão atrasadas.
Aumento da violência
Há também um intenso debate
em Cabul sobre o adiamento das
eleições parlamentares até o ano
que vem por causa do recente recrudescimento da violência promovido pela milícia extremista islâmica Taleban e pelos "senhores
de guerra" afegãos.
Representantes de entidades civis têm defendido que as eleições
sejam transferidas para o ano que
vem para assegurar mais estabilidade e liberdade aos eleitores.
Funcionários da ONU e diplomatas também temem que, sem
um desarmamento mais amplo
das milícias, haverá uma forte intimidação e interferência caso as
eleições sejam realizadas antecipadamente, sobretudo as parlamentares.
Segundo os funcionários eleitorais, os partidos, que começam a
se organizar e a serem oficializados, são também amplamente favoráveis a um adiamento.
Por outro lado, o presidente afegão, Hamid Karzai, e o embaixador norte-americano, Zalmay
Khalilzad, têm defendido a importância de realizar eleições presidenciais neste ano, quando termina o mandato provisório do
atual governo.
Karzai é o favorito para ser eleito presidente, mas o adiamento
da eleição poderia minar sua credibilidade e colocá-lo na mesma
situação do ex-presidente Buhranuddin Rabbani, muito criticado
por se manter no cargo por anos
após o fim de seu mandato, nos
anos 1990.
A ONU enfatizou ontem que se
orienta pelos acordos de Bonn,
em 2001, mas manifestou também preocupação com o desarmamento das milícias e o risco de
intimidação de eleitores.
Com agências internacionais e o jornal
"The New York Times
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