DA REUTERS

O Bundestag (Câmara Baixa do Parlamento alemão) impôs ontem um voto de desconfiança ao chanceler (premiê) Gerhard Schröder, abrindo caminho para a realização de eleições legislativas antecipadas.
Schröder, que orquestrou a própria derrota, espera receber dos eleitores, provavelmente em 18 de setembro, um mandato mais forte para poder introduzir impopulares medidas econômicas.
O Partido Social-Democrata, de Schröder (que vem sendo criticado por conta dos altos níveis de desemprego e das reformas já introduzidas), perdeu várias eleições regionais nos últimos anos, o que fez com que o chanceler buscasse a realização de eleições antecipadas. Seu mandato só acaba, em tese, em meados de 2006.
Críticos de Schröder prometeram desafiar sua "manobra política" judicialmente e levar o caso à Corte Constitucional, que zela pelo respeito à Lei Fundamental alemã, que é de 1949.
A bola está agora no campo do presidente Horst Köhler, ex-presidente do Fundo Monetário Internacional, que deverá decidir se convoca eleições ou não. Mas, mesmo que ele o faça, a Corte Constitucional poderá impedir a realização da votação se considerar a manobra inconstitucional.
Segundo pesquisas, o partido de Schröder sofrerá uma clara derrota nas eleições legislativas, abrindo caminho para que a oposição democrata-cristã volte ao poder. Nesse caso, Angela Merkel, a maior líder democrata-cristã alemã, deverá se tornar chanceler.


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