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GUERRA SEM LIMITES
Presidente fará pronunciamentos a americanos e encontrará líderes estrangeiros, entre eles FHC
Bush lança ofensiva por mais apoio
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, lançará na próxima semana uma ofensiva para conquistar apoio interno e externo para a
"luta contra o terrorismo", com
pronunciamentos para o público
americano e internacional e encontros com líderes estrangeiros
de importância estratégica -entre eles o presidente Fernando
Henrique Cardoso-, segundo
anunciou a Casa Branca.
A assessora de Segurança Nacional, Condoleezza Rice, disse
que Bush fará um pronunciamento à nação sobre "defesa nacional
e segurança" e encontrará os líderes de Reino Unido, França, Índia,
Brasil, Irlanda e Argélia.
Ele fará ainda um pronunciamento, via satélite para uma platéia em Varsóvia (Polônia), sobre
a importância da coalizão internacional antiterrorismo, disse Rice. O presidente fará ainda seu
primeiro discurso à Assembléia
Geral da ONU, em Nova York,
que começa na semana que vem.
A ofensiva de relações públicas
ocorre num momento em que o
governo Bush é criticado internamente pela forma com que está lidando com os casos de antraz e
pelos alertas sobre a possibilidade
de novos ataques terroristas no
país. A campanha militar no Afeganistão também sofre questionamento interno e externo, após
imagens de civis mortos nos
bombardeios e a falta de resultados visíveis em quase quatro semanas de ataques.
"Será uma semana bastante
movimentada, com muito diálogo na frente interna e com membros da coalizão sobre o progresso na guerra contra o terrorismo",
disse Rice em Washington.
Sobre o pronunciamento de
Bush aos americanos, Rice disse:
"Ele falará ao povo americano sobre as formas como nossas vidas
mudaram desde os horríveis
acontecimentos de 11 de setembro e seu otimismo e sua certeza
de que, apesar dessas mudanças,
os valores americanos são constantes e inabaláveis".
"O presidente acha que é de importância vital deixar o povo
americano informado sobre a natureza das ameaças que enfrentamos e o progresso de nossa resposta."
Pesquisas de opinião nesta semana mostraram um maior ceticismo entre os americanos sobre
os objetivos da ofensiva militar:
prender o terrorista saudita Osama bin Laden e membros de sua
rede terrorista, a Al Qaeda, apontados como responsáveis pelos
atentados nos EUA, e derrubar o
Taleban, o grupo extremista que
controla quase todo o Afeganistão
e dá guarida ao saudita.
A platéia em Varsóvia será formada por representantes de países da Ásia Central reunidos pelo
governo polonês para estudar formas de ajudar a coalizão antiterrorismo.
"Ele falará sobre a importância
dos líderes mundiais e dos aliados
da coalizão. Ele definirá a natureza da resposta global ao terrorismo e informará sobre os progressos da ofensiva, falando sobre a
responsabilidade dos que formam a coalizão", disse Rice.
FHC
A reunião de Fernando Henrique com Bush foi confirmada por
Rice e ocorrerá na quinta-feira na
Casa Branca.
Rice não mencionou os temas
do encontro. Membros do governo americano já destacaram a iniciativa "muito importante" do
Brasil de evocar, após os atentados de setembro, o Tiar (Tratado
Interamericano de Assistência
Recíproca), firmado em 1947 dentro do cenário da Guerra Fria e
que prevê a defesa mútua entre os
países do hemisfério americano
em caso de ataque externo.
Com agências internacionais
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