|
Texto Anterior | Índice
ARGENTINA
Atividade seria vetada nas ruas
Buenos Aires estuda proibir prostituição
MAURÍCIO SANTANA DIAS
de Buenos Aires
A prostituição está na mira dos
legisladores portenhos, que, a partir de amanhã, iniciam a reforma
do Código de Convivência Urbana
da Cidade Autônoma de Buenos
Aires. Segundo fontes da prefeitura, principal defensora da reforma,
já haveria acordo entre parlamentares de vários partidos para proibir a "oferta e demanda de sexo nas
vias públicas da capital".
A inclusão de um artigo que
proíba a prática da prostituição
nas calçadas partiu da própria prefeitura de Buenos Aires. Fernando
de la Rúa, o prefeito e candidato
oposicionista à Presidência da República, manifestou-se abertamente a favor da proibição em seu
discurso de abertura do ano legislativo de 99, proferido na segunda.
Ele quer com isso evitar as reiteradas declarações do presidente
Carlos Menem, que recentemente
atacou a "permissividade" do código portenho, e conquistar a simpatia do eleitorado mais conservador, que há tempos vem protestando contra o Código de Convivência Urbana em vigência.
O tema virou polêmica na sociedade argentina quando, há cerca
de um ano, a última reforma do código passou a permitir que a prostituição fosse exercida sem nenhuma sanção legal.
Desde então, moradores dos
bairros mais afetados -como
Constitución, Palermo Viejo e Flores- protestam contra "o comércio do sexo na porta das casas".
"Estamos incorporando ao Código de Convivência Urbana não
só quem exerce, mas também
quem demanda a prostituição",
afirmou o deputado da Frepaso
(Frente País Solidário) Abel Fatala,
também favorável à reforma.
Alguns parlamentares propõem
que sejam reservados à prostituição espaços específicos, afastados
das áreas residenciais.
A prefeitura é contra essa alternativa. De la Rúa tenta conseguir o
apoio dos deputados do seu partido -a União Cívica Radical, que
integra com a Frepaso o bloco de
oposição Aliança- para votar a
proibição total da prostituição.
Texto Anterior: Sul do Líbano: Israelenses falam em retirada breve Índice
|