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São Paulo, quinta-feira, 03 de abril de 2003

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RESGATE DA RECRUTA

Bush ficou "radiante" com libertação; família achou que fosse trote

Ex-prisioneira chega à Alemanha

DA REDAÇÃO

A recruta americana Jessica Lynch, 19, chegou ontem a um hospital na cidade alemã de Landstuhl que tem sido usado pela coalizão anglo-americana, onde será tratada de ferimentos nas pernas e uma possível fratura no braço. Na véspera, ela fora resgatada de um hospital em Nassiriah (sul do Iraque) onde era mantida prisioneira pelas forças iraquianas.
O presidente americano, George W. Bush, recebeu como "ótima" a notícia do resgate. Mas a família da recruta achou que fosse mentira de 1º de abril.
"Por volta das seis da tarde [de terça-feira], um oficial nos ligou. Achamos que fosse trote do Dia da Mentira", disse o pai da recruta, Greg Lynch, à rede de TV americana NBC.
Ele ainda não havia se comunicado com a filha. "Vamos esperar ela chegar para fazermos a maior festa que esta cidade já viu", afirmou Lynch, que vive em Palestine, em Virgínia Ocidental (leste dos EUA).
O presidente Bush também recebeu a notícia do resgate na tarde de terça-feira, pelo secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, que omitiu inicialmente ao presidente a descoberta de 11 cadáveres -supostamente de soldados americanos - no hospital. Dois deles foram recuperados pela coalizão, mas não haviam sido ainda identificados.
"O presidente está radiante por Jessica Lynch e sua família", disse ontem o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleisher. "Ele está orgulhoso que as Forças Armadas tenham executado uma operação de resgate tão ousada. Mas está preocupado com outros desaparecidos, prisioneiros e com os mortos em combate."
Redes americanas exibiram ontem um vídeo do Departamento de Defesa que mostra a recruta sendo levada em uma maca para um helicóptero do Exército. No vídeo, ela sorri timidamente para as câmaras.
Jessica, que pertence a uma unidade logística, entrou na lista de 15 desaparecidos do Exército americano no dia 23 de março, quando a caravana em que estava sofreu uma emboscada no sul do Iraque. Segundo o Departamento de Defesa, ela só passou a ser considerada "prisioneira de guerra" horas antes de seu resgate, quando seu paradeiro foi descoberto pela CIA (serviço secreto americano).


Com agências internacionais


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