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RESGATE DA RECRUTA
Bush ficou "radiante" com libertação; família achou que fosse trote
Ex-prisioneira chega à Alemanha
DA REDAÇÃO
A recruta americana Jessica
Lynch, 19, chegou ontem a um
hospital na cidade alemã de
Landstuhl que tem sido usado
pela coalizão anglo-americana,
onde será tratada de ferimentos
nas pernas e uma possível fratura no braço. Na véspera, ela fora
resgatada de um hospital em
Nassiriah (sul do Iraque) onde
era mantida prisioneira pelas
forças iraquianas.
O presidente americano,
George W. Bush, recebeu como
"ótima" a notícia do resgate.
Mas a família da recruta achou
que fosse mentira de 1º de abril.
"Por volta das seis da tarde [de
terça-feira], um oficial nos ligou. Achamos que fosse trote
do Dia da Mentira", disse o pai
da recruta, Greg Lynch, à rede
de TV americana NBC.
Ele ainda não havia se comunicado com a filha. "Vamos esperar ela chegar para fazermos a
maior festa que esta cidade já
viu", afirmou Lynch, que vive
em Palestine, em Virgínia Ocidental (leste dos EUA).
O presidente Bush também
recebeu a notícia do resgate na
tarde de terça-feira, pelo secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, que omitiu inicialmente ao
presidente a descoberta de 11 cadáveres -supostamente de soldados americanos - no hospital. Dois deles foram recuperados pela coalizão, mas não haviam sido ainda identificados.
"O presidente está radiante
por Jessica Lynch e sua família",
disse ontem o porta-voz da Casa
Branca, Ari Fleisher. "Ele está
orgulhoso que as Forças Armadas tenham executado uma
operação de resgate tão ousada.
Mas está preocupado com outros desaparecidos, prisioneiros
e com os mortos em combate."
Redes americanas exibiram
ontem um vídeo do Departamento de Defesa que mostra a
recruta sendo levada em uma
maca para um helicóptero do
Exército. No vídeo, ela sorri timidamente para as câmaras.
Jessica, que pertence a uma
unidade logística, entrou na lista
de 15 desaparecidos do Exército
americano no dia 23 de março,
quando a caravana em que estava sofreu uma emboscada no
sul do Iraque. Segundo o Departamento de Defesa, ela só passou a ser considerada "prisioneira de guerra" horas antes de
seu resgate, quando seu paradeiro foi descoberto pela CIA
(serviço secreto americano).
Com agências internacionais
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