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Novo chanceler de Israel descarta devolver Golã à Síria
Posição contraria a do governo anterior e deve travar distensão com a Síria; Hamas diz aceitar Estado palestino em Gaza e Cisjordânia
DA FRANCE PRESSE
Um dia depois de romper
com um plano de paz da Casa
Branca para criar um Estado
palestino, o recém-empossado
chanceler israelense, Avigdor
Liberman, descartou devolver
à Síria as colinas de Golã, ocupadas em 1967.
"Não há resolução sobre as
negociações com a Síria, e já
dissemos que não aceitamos
uma retirada de Golã", afirmou
Liberman em entrevista publicada ontem no "Haaretz".
As colinas de Golã formam
um território anexado por Israel na Guerra dos Seis Dias e
que a Síria reivindica para assinar a paz com o Estado judeu.
No ano passado, em meio a
conversas mediadas pela Turquia, o então premiê centrista
Ehud Olmert chegou a defender publicamente a devolução
do território, onde vivem 20
mil israelenses. O diálogo foi
suspenso quando Israel atacou
a faixa de Gaza, em dezembro.
Na mesma entrevista, Liberman rechaçou o princípio da
"paz em troca de terra", base do
diálogo entre Israel e os vizinhos árabes desde a conferência de Madri, em 1991. O chanceler disse que a "paz só será alcançada em troca da paz".
Enquanto o governo israelense endurece suas posições, o
Hamas adotou ontem um tom
mais conciliador. O ex-premiê
e líder do grupo islâmico em
Gaza, Ismail Haniyeh, se disse
aberto à ideia, defendida pelos
EUA, de criar um Estado palestino em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental -fronteiras
anteriores à guerra de 1967.
Mas Haniyeh insistiu que o
aceno não significa que o Hamas vá reconhecer Israel, como
exige o Ocidente.
Corrupção
Em seu segundo dia como
chanceler, Liberman passou
sete horas na sede da polícia israelense em Jerusalém, onde
foi interrogado por suspeitas de
ter recebido ilegalmente dinheiro do exterior para financiar suas campanhas eleitoras.
A investigação começou há
13 anos, mas o caso estava suspenso desde as legislativas de
10 de fevereiro.
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