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ORIENTE MÉDIO
Secretário de Estado dos EUA afirma que país pode sofrer sanções caso não deixe de apoiar grupos extremistas
Powell exige compromisso da Síria com paz na região
DA REUTERS
O secretário de Estado dos
EUA, Colin Powell, chegou a Damasco ontem para discutir o
apoio da Síria a grupos extremistas e outras políticas que, para os
EUA, não cabem em um Oriente
Médio em transformação.
Powell deverá se encontrar hoje
com o presidente Bashar al Assad
para enfatizar o argumento de
Washington de que a derrubada
de Saddam Hussein e uma possível retomada do processo de paz
israelo-palestino criam uma "nova dinâmica estratégica" na região. "Os sírios estão preparados
para ajudar enquanto avançamos
com o processo de paz no Oriente
Médio?", disse Powell a caminho
de Damasco, vindo da Albânia.
"O que estou buscando são
ações específicas por parte do governo sírio que reflitam o entendimento dessa nova situação."
Powell disse que Damasco deveria ter em mente que membros do
Congresso americano ressuscitaram uma Lei de Responsabilização da Síria que ameaça impor
sanções ao país e que algumas
cláusulas sobre embargos da Lei
Patriótica dos EUA de 2001 poderiam ser aplicadas a Damasco.
"Francamente, a Síria se daria
muito melhor se se afastasse de algumas políticas do passado. Por
que manter políticas que não têm
mais a mesma relevância?", disse.
O chanceler sírio, Farouq al
Shara, advertira Powell a não fazer exigências, dizendo que a Síria
quer diálogo, e não ultimatos.
Esse é o primeiro giro de Powell
pelo Oriente Médio em mais de
um ano e um prelúdio para uma
viagem mais longa na próxima semana que incluirá reuniões com
os premiês de Israel, Ariel Sharon,
e da Autoridade Nacional Palestina, Abu Mazen. Ele disse que os
EUA estavam interessados em
um acordo abrangente no Oriente
Médio e que ouviriam o lado sírio
sobre as colinas do Golã, ocupadas por Israel desde 1967.
As principais preocupações de
Washington são o apoio da Síria
ao grupo extremista Hizbollah e a
grupos palestinos que se opõem a
um novo plano de paz que os
EUA -junto com União Européia, ONU e Rússia- apresentaram a israelenses e palestinos.
Analistas afirmam que o apoio
da Síria a grupos extremistas será
usado como barganha em troca
da devolução das colinas do Golã.
A Síria integra a lista do que os
EUA chamam de "Estados que
patrocinam o terrorismo".
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