São Paulo, segunda-feira, 03 de maio de 2010

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entrevista

"Foco tem que ser desarme", afirma Amorim

DA SUCURSAL DO RIO

O chanceler Celso Amorim, que discursa hoje na conferência em Nova York, falou à Folha sobre a posição brasileira:
(CA)

 


Desarmamento
Temos que dar maior concretude aos 13 passos [para o desarme, aprovados em 2000]. Um exemplo: houve o anúncio de redução de arsenais nucleares no acordo Start. Qualquer ação desse tipo tem que ser tornada obrigação multilateral irreversível, do contrário fica sempre dependendo de negociação bilateral, e amanhã, se piora de novo a relação entre EUA e Rússia, eles voltam a construir [armas].

Protocolo Adicional
O foco no Protocolo Adicional é errado, o foco tem que ser o desarmamento. Se houver passos que demonstrem uma real disposição dos países armados de caminharmos para um mundo livre de armas nucleares, até acho que outras medidas específicas de não proliferação podem ter cabimento.
Sem esses avanços, não faz sentido [estabelecer prazo para tornar o Protocolo Adicional o padrão obrigatório das inspeções].

Argentina
Os acordos nucleares com a Argentina, dos quais o da Abacc [Agência Brasileiro-Argentina de Controle e Contabilidade] é fundamental, são um pilar da nossa parceria estratégica. Os dois países têm que caminhar juntos, e isso é percebido dos dois lados. Não vejo risco de uma adesão unilateral [da Argentina ao Protocolo Adicional]. Pode ser que [o país] em algum momento desje, queira discutir isso conosco, mas isso é outra coisa.


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