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Harris programava e era fã de jogos violentos
especial para a Folha
Eric Harris era viciado em Internet. Em sua ficha de identidade na
America On Line (provedor de
acesso), afirmava que uma de suas
principais ocupações era passar
horas jogando Doom na Internet.
Uma coincidência macabra: esse
jogo -um clássico praticado por
milhões em todo o mundo- consiste em caminhar por diversos
ambientes, armado até os dentes,
atirando para matar quem quer
que ouse aparecer à sua frente na
tela do micro.
No seu site, o atirador de Littleton colocara à disposição um arquivo com uma fase do jogo concebida e programada por ele.
O jogo era acompanhado de instruções, também escritas por Harris. Nelas, ele explica que a história
se passa em Phobos. Após matar os
demônios que assolavam o planeta
Terra, a nova missão do jogador é
destruí-los nesse novo cenário e
escapar. "Boa sorte, fuzileiros. E
matem todos eles!!!", recomenda.
De início, os rumores nos grupos
de discussão da rede de computadores diziam que Harris havia tomado por base os corredores do
colégio Columbine como inspiração para o videogame.
A versão foi negada mais tarde
por pessoas que jogaram a fase de
Doom por ele elaborada -que
continua disponível na Internet
para "download" (transferência de
arquivo por telefone de um micro
para outro).
Após o massacre da escola Columbine, alguns internautas inventaram textos e arquivos que diziam ter sido feitos por Harris.
Muitos, por exemplo, preencheram cadastros na America On Line
fazendo se passar pelo jovem do
Colorado. No dia seguinte ao massacre, uma busca nesses cadastros
pelas palavras "máfia do casaco"
encontrava 22 registros. Duas horas mais tarde, a mesma procura já
encontrava 29 "clones" de Eric
Harris on line.
(MS)
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