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NOVOS TEMPOS
Proposta que autoriza mães a interromper gravidez até 12º mês de gestação é aprovada com 72,2% dos votos
Referendo legaliza o aborto na Suíça
DA REDAÇÃO
A Suíça aprovou ontem em referendo a legalização do aborto,
seguindo a tendência da maioria
dos países europeus. Menos de
42% dos suíços participaram da
votação. Desse total, 72,2% votaram a favor da proposta de deixar
a cargo da mãe a decisão de interromper ou não a gravidez até a 12ª
semana de gestação.
A lei suíça somente permitia o
aborto se a saúde da mãe corresse
perigo. No entanto, nenhum caso
desse tipo foi registrado desde
1988. Estatísticas oficiais estimam
que acontecem de 12 mil a 13 mil
abortos ilegais todos os anos.
A ministra da Justiça, Ruth Metzler, disse que não esperava um
resultado tão claro. O referendo
recomeçou um debate entre ativistas antiaborto e a favor dele.
Por toda a Suíça, há outdoors espalhados com a imagem de um
bebê na barriga da mãe que diz:
"Mamãe, obrigado por você não
pôr um limite na minha vida".
Mas, apesar da adoção de interpretação liberal da lei atual (de
1942) depois do referendo, mulheres de alguns cantões (Províncias) suíços ainda terão de procurar médicos de outras regiões para abortar. Dois dos 26 cantões rejeitaram a proposta.
De acordo com a nova lei, médicos e mães ainda correm o risco
de ficarem presos cinco anos se
infringirem algumas condições.
No sistema suíço de democracia
direta, muitas mudanças na lei
são votadas em referendos.
O aborto é aceito em quase toda
a Europa Ocidental. O período legal de aborto é de dez semanas na
França, na Itália, na Grécia, na Dinamarca e na Noruega; 12 semanas na Alemanha, Bélgica e Áustria e 22 semanas na Inglaterra,
Espanha e Holanda. O aborto é
proibido em Portugal, exceto em
casos de estupro ou de risco de vida para a mãe, e na Irlanda.
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