São Paulo, quinta-feira, 03 de julho de 2008

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ÁSIA

Mongólia decreta emergência após mortes em protestos

DA REUTERS

A Mongólia decretou quatro dias de estado de emergência na noite de anteontem após protestos que culminaram na morte de cinco pessoas em Ulan Bator, capital do país. Os manifestantes exigem novas eleições parlamentares após o pleito do último fim de semana, que dizem ter sido fraudado.
A capital amanheceu calma ontem após milhares de manifestantes saírem às ruas na noite anterior, arremessando pedras na polícia e incendiando a sede do governista Partido Revolucionário do Povo Mongol (PRPM). Cerca de 220 civis e 108 policiais ficaram feridos e 700 manifestantes foram presos.
As condições das mortes, porém, não estavam claras -observadores independentes disseram que elas seriam resultado da violência causada por jovens bêbados que participaram da confusão.
Com o decreto do presidente Nambaryn Enkhbayar, as manifestações estão proibidas e os poderes da polícia, ampliados. Foi declarado toque de recolher na capital a partir das 22h, e todos os canais de televisão saíram do ar, exceto a TV estatal.
Os protestos começaram em dois bairros de Ulan Bator, onde o governo saiu vencedor, sob contestação do rival Partido Democrático Mongol (PDM). Os resultados preliminares apontam que o PRPM conquistou 46 dos 76 postos no Parlamento. A comissão eleitoral divulgará o resultado final até o próximo dia 10.
Os dois partidos, que desde a instalação pacífica da democracia no país no início dos anos 90 se alternam no poder, prometeram distribuir os recursos obtidos com recém-descobertas reservas de ouro e cobre. A Mongólia, uma ex-república comunista, luta para modernizar sua economia e combater a inflação, de 15% em 2007.


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