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Kirchnerismo perde em Santa Fé, o segundo maior colégio eleitoral do país
DE BUENOS AIRES
Nas últimas eleições estaduais de importância antes da
disputa presidencial do mês
que vem, o kirchnerismo saiu
vencedor em Córdoba e perdeu
em Santa Fé, segundo pesquisas de boca-de-urna.
Córdoba (2.366.634 eleitores) e Santa Fé (2.325.136 votantes) são, respectivamente, o
terceiro e o quarto maiores colégios eleitorais da Argentina
-representam cerca de 20%
dos eleitores-, determinantes
para as eleições presidenciais
junto com a Província e a Cidade Autônoma de Buenos Aires.
Em Santa Fé, o socialista
Hermes Binner, aliado à candidata de oposição Elisa Carrió,
teria sido eleito com cerca de
50% dos votos, segundo as pesquisas de boca-de-urna. Com
isso, poria fim a 24 anos seguidos de governos peronistas.
Na semana passada, o presidente Néstor Kirchner tinha
tentado a última cartada a favor
de seu ex-chanceler Rafael
Bielsa, participando de um ato
para anunciar investimentos
na Província em que pediu votos para Bielsa. Seu empenho
em não perder a Província levou Binner a pedir que houvesse observadores internacionais
nas eleições, mas o governador
Jorge Obeid, aliado de Kirchner, não aceitou o pedido.
Apesar de histórica -é a primeira eleição de um governador socialista no país-, a derrota em Santa Fé era esperada.
Tanto que o governo pressionou o governador Jorge de la
Sota a marcar as eleições em
sua Província para o mesmo
dia, evitando que os jornais expusessem uma derrota kirchnerista sem contraponto.
O objetivo, segundo as bocas-de-urna, foi logrado. As pesquisas apontavam empate técnico
entre o vice-governador Juan
Schiaretti e o prefeito da capital
cordobesa, Luiz Juez. Embora
o governo tenha dado um apoio
maior a Schiaretti, Juez também é contabilizado como aliado e teve alguns membros do
governo, como o chefe-de-gabinete, Alberto Fernández, fazendo campanha a seu favor.
Os dois kirchneristas deixaram para trás o radical Mario
Negri, que durante a campanha
recebeu o apoio dos principais
candidatos da oposição. Carrió,
Ricardo López Murphy e Roberto Lavagna estiveram em
Córdoba e posaram para fotos
com o candidato, que, no entanto, não teria chegado a 20%
dos votos.
(RR)
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