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NARCOTRÁFICO
Congresso investiga presidente
Samper pode enfrentar novo processo
das agências internacionais
O presidente da Colômbia, Ernesto Samper, pode enfrentar um
novo processo ante o Congresso
devido a seus supostos contatos
com o cartel de Cali, informaram
membros da Justiça do país.
Segundo as fontes, a Procuradoria Geral do país enviou denúncia
contra Samper ao Comitê de Acusações da Câmara dos Deputados.
O presidente é acusado de, em
1991, quando era ministro do Desenvolvimento Econômico, ter
usado seu cargo para levantar fundos para aliados políticos.
Membros da Justiça colombiana
e o jornal "El Tiempo" disseram
que parte dos fundos levantados
vieram de companhias de fachada
do cartel de Cali, uma das principais organizações de narcotraficantes do país.
O chefe do Comitê de Acusações
não confirmou as acusações e afirmou que o presidente é investigado apenas por malversação de verbas públicas. Fontes citadas pela
agência de notícias "Reuter", porém, afirmaram que as investigações são mais amplas.
Samper sempre negou ter mantido contatos com membros do cartel de Cali. Em 1996, o presidente
conseguiu derrubar no Congresso,
dominado por deputados aliados
ao governo, um pedido de impeachment. A tentativa de depor
Samper iniciou-se depois que este
foi acusado de haver recebido US$
6 milhões do narcotráfico para financiar sua campanha à Presidência em 1994.
As novas acusações foram feitas
com base no testemunho de César
Villegas, ex-diretor do time de futebol Santa Fe, de Bogotá, detido
no ano passado devido a acusações
de ligação com o narcotráfico.
Villegas teria ajudado Juan Fernando Cristo, secretário pessoal
de Samper em 1991 e, atualmente,
embaixador da Colômbia na Grécia, a captar recursos ilegais para
financiar campanhas eleitorais.
Samper, que foi notificado formalmente das acusações no início
desta semana, não fez qualquer
declaração sobre o assunto.
Seu advogado, Luis Guillermo
Nieto, afirmou que "até agora não
foram abertas investigações formais". "Trata-se de uma investigação preliminar que a Comissão
de Acusações deve fazer obrigatoriamente", disse. Segundo Guillermo Nieto, o órgão deve decidir
depois se dará prosseguimento às
investigações.
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