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Potências decidem concluir texto com sanções a Teerã
Adoção depende de relatório de agência da ONU
DA REDAÇÃO
Reunidos ontem em Londres, representantes dos cinco
países-membros do Conselho
de Segurança da ONU e a Alemanha decidiram finalizar um
texto com mais uma proposta
de sanções ao governo iraniano. Delegados dos EUA, da
França, do Reino Unido, da
China e da Rússia, além dos alemães, concordaram que o texto
será levado a votação no conselho caso dois relatórios futuros
sobre o programa nuclear não
tragam "resultados positivos".
O Irã tem sido pressionado
pelos EUA e aliados europeus a
suspender seu programa de
enriquecimento de urânio, que
Washington teme visar a produção de armas mas Teerã diz
buscar energia. Dois blocos de
sanções econômicas já foram
impostos pela ONU ao país ante sua recusa em cessar a produção de combustível nuclear.
Os EUA, isoladamente, adotaram sanções contra a Guarda
Revolucionária iraniana na semana passada, quando a classificaram de "terrorista", e não
descartam uma ação militar
-atitude criticada pela Rússia
e pela China, que têm interesses econômicos no país.
Dos relatórios aguardados
pelos membros do Conselho de
Segurança, um é o da AIEA
(agência nuclear da ONU), que
está sendo elaborado e deve ser
concluído até o mês que vem.
Anteontem acabou, em Teerã, uma reunião entre delegados do Irã e da AIEA na qual os
iranianos afirmaram ter eliminado as dúvidas dos representantes da agência sobre o caráter pacífico de seu programa.
O outro relatório que as cinco
potências aguardam antes da
eventual votação de um terceiro conjunto de sanções sairá de
um possível encontro entre Javier Solanas, o comissário da
União Européia para Relações
Exteriores, e Said Jalili, novo
negociador nuclear iraniano.
Os delegados reunidos em Londres decidiram ontem solicitar
a Solanas que marque tal encontro e depois o reporte.
Os cinco países com assento
permanente no CS -e poder de
veto- decidiram também se
encontrar novamente no próximo dia 19 e reiteraram que se
empenham em uma solução
pacífica para o impasse.
Já os EUA insistiram em que
as novas sanções no âmbito da
ONU sejam aprovadas logo. Nicholas Burns, subsecretário de
Assuntos Políticos do Departamento de Estado dos EUA, declarou que "o Irã já escolheu o
caminho das sanções" e criticou o governo chinês por se
opor às medidas. Foi a primeira
crítica pública de Washington a
Pequim sobre a contenda com
os iranianos.
Com agências internacionais e
o "Financial Times"
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