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AIEA cobra rapidez em resposta do Irã a potências nucleares
Secretário-geral da agência pede medidas para incrementar a confiança em programa que Ocidente suspeita visar a bomba
Em "resposta inicial" dada na última quinta, Teerã indicou rejeitar teor da proposta de EUA, França e Rússia; AIEA refuta, porém, mais sanções
DA REDAÇÃO
O secretário-geral da Agência Internacional de Energia
Atômica (AIEA), Mohamed El
Baradei, exortou ontem o Irã a
oficializar em breve a resposta
à proposta de acordo nuclear de
EUA, França e Rússia apresentada no último 21 de outubro.
Na semana passada, Teerã
apresentou "resposta inicial"
ao pacto oferecido pelas potências. A contraproposta, porém,
não foi confirmada como oficial
nem pelo Irã nem pelos interlocutores na negociação nuclear.
No último pronunciamento à
Assembleia Geral da ONU depois de 12 anos no cargo -dará
lugar ao japonês Yukiya Amano-, El Baradei disse ainda haver "questões e alegações relevantes" sobre o programa nuclear iraniano e cobrou do país
medidas em prol do incremento da confiança internacional.
O Ocidente suspeita de que o
enriquecimento de urânio promovido pelo Irã vise a bomba
atômica. Teerã, porém, nega.
El Baradei criticou também
as crescentes pressões por uma
quarta rodada de sanções contra o país caso as atuais negociações não cheguem a bom
termo, pois "muito frequentemente prejudicam inocentes".
No centro do atual impasse
nas negociações nucleares está
a proposta das potências de que
70% do urânio pouco enriquecido do Irã seja enviado ao exterior para um maior processamento e a posterior devolução
para pesquisas e uso medicinal.
Os sinais emitidos na semana
passada pelo Irã, contudo, indicaram contrariedade com essa
opção. De acordo com diplomatas ocidentais, o país só aceita
despachar seu urânio em etapas e com a condição de receber
antes, e não depois, do exterior
o elemento enriquecido. O Irã
tenta estender as negociações.
Para negociadores, a contraproposta é "inaceitável". Ontem, a chanceler dos EUA, Hillary Clinton, disse que o Irã vive "momento-chave" e o exortou a aceitar o pacto nos atuais
termos. "Não iremos alterá-lo."
Com agências internacionais
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